
Uma das maiores estrelas do cinema nacional, Wagner Moura estrela seu décimo sétimo longa-metragem, o thriller A Busca (Brasil, 2013). O longa mostra a jornada de um pai, Theo, sai de carro em busca do filho que fugiu de casa sem deixar pistas e tem como grande objetivo emocionar o espectador. Sustentado pelas atuações impecáveis, o filme chega lá.
O maior destaque do filme é mesmo Wagner Moura. Suas atuações são sempre arrebatadoras e esse caso não foi diferente. Na simplicidade de pequenos gestos, ele passa o desespero de um pai sem o filho e sustenta o filme o tempo todo. A atuação do novato Brás Moreau Antunes (filho do cantor Arnaldo Antunes) não é de se destacar, mas ele também não compromete o filme. Além disso, apesar de aparecer por poucos minutos, Lima Duarte consegue levar o cinema às lágrimas, no ápice da história.
No entanto, o filme tem um roteiro bem fraco. Os diálogos são um pouco irreais e não fluem naturalmente na história. É o caso, por exemplo, dos momentos em que a mãe Branca (Mariana Lima) pede que Theo traga o filho Pedro (Brás Antunes) de volta. Ela repete um monte de vezes "Trás o Pedro de volta para mim" sem que haja uma emoção verdadeira. Além dos furos no roteiro, isso também acontece por causa da interpretação apagada de Mariana Lima.
Por isso, A Busca pode ser considerado um filme bom e só. Entre erros e acertos, o filme é "fofo" (isso, fofo) e não passa desse patamar. Você vai no cinema, acompanha a história, ela te encanta, mas, quando acaba, você parte para outra. Ou, como diria um professor meu, um filme que não chega nem na pizza pós-sessão.
