
Numa época em que os filmes pós-apocalípticos levam pras telonas mais e mais possibilidades para o fim da humanidade, chega aos cinemas o melhor filme pré-histórico desde o primeiro "A Era do Gelo". Trata-se da nova animação da Dreamworks, Os Croods ("The Croods", EUA, 2013), que não deixa nada a desejar para os melhores filmes da consagrada Pixar (e até supera os últimos deles em vários aspectos).
Como já diz o título, o filme conta a história de uma família das cavernas, os Croods, cujo patriarca, Grug (dublado por Nicolas Cage no original), acredita que só sobrevive aos perigos pré-históricos por não desafiar o medo. Eles só saem em grupo, não se afastam da caverna onde vivem, sempre se trancam nela antes de escurecer e só saem depois que o sol está a pino. Os problemas começam quando Eep (Emma Stone), a filha adolescente, vê uma luz forte passando pela frente da caverna à noite e, contrariando as regras do pai, foge para descobrir do que se trata.
É aí que ela conhece Guy (Ryan Reynolds), um jovem andarilho sem família que conhece o mundo e sabe fazer fogo. Ele conta pra ela que está indo embora porque "a terra vai tremer e o chão vai se abrir e o mundo como a gente conhece vai acabar". Seu espírito explorador conquista o coração da moça. Claro que a família dela não acredita em nada disso, mas, quando um terremoto destrói a caverna, eles são obrigados a se juntar ao rapaz numa aventura rumo ao desconhecido, enfrentando várias situações perigosas da forma mais hilária possível.
O filme acerta em tudo: o roteiro é fantástico, os personagens são bem desenvolvidos, as piadas vêm no tempo certo e até as partes mais "dramáticas" se encaixam perfeitamente, coisa rara em trabalhos desse tipo. Até o 3D é bem bacana! Só não ganhou um "10" porque, para minha triste surpresa, a dublagem na versão brasileira não é das melhores e incomoda em alguns momentos.
