
“Cinco bilhões de pessoas vão morrer infectadas por um vírus. Apenas 1% da população do planeta vai sobreviver. Essa escassa parcela terá que se refugiar da superfície da Terra como vermes. Os animais vão controlar e dominar o mundo” – citação extraída do relatório de um paciente esquizofrênico. Nessa premissa se estrutura Os 12 macacos ( 12 Monkeys, EUA, 1996). No filme, entretanto, o caos global ocorreria entre os anos de 1996 e 1997. Tolinhos. Mal sabiam que a desgraça toda estava marcada para o final de 2012.
Estamos falando do trabalho mais memorável do ondulante diretor Terry Gilliam. Na história, que reúne previsões apocalípticas, viagens no tempo e reflexões psicológicas, acompanhamos James Cole (Bruce Willis) em sua missão pela coleta de dados que possam salvar os humanos do seu tempo (2035). A possibilidade de mudar o passado é deixada de lado. O caos é iminente e todos estão condenados. “Veio nos salvar, Mr. Cole? Como, se já aconteceu?”
Uma falha na tecnologia de transição temporal acaba enviando James seis anos antes do programado. Mesmo com os erros, as situações se encaixam como se todos os personagens estivessem predestinados. O protagonista acaba sendo internado como louco após anunciar o fim do mundo. No sanatório, ele conhece sua médica responsável, Kathryn Railly (Madeleine Stowe), e um mauricinho louco e idealista, Jeffrey Goines (Brad Pitt). Com o passar dos anos, o trio se descobre responsável pelos fatos que definiram a destruição, em 1997, do planeta como era conhecido.
Tecnicamente o filme se sai bem, mesmo apresentando um futuro trash, quase de cinema caseiro (látex, metal, cabos e couro). A história é empolgante, muito bem escrita e articulada. A trama envolve completamente. Enquanto isso, temos atuações de encher os olhos, com Willis em uma de suas melhores exibições e Brad Pitt provando toda sua qualidade artística. O jogo de câmeras é trabalhado de forma muito inteligente, completando o longa técnico, estrutural e emocionalmente. Isso tudo sem contar que Os 12 macacos é um dos filmes mais coerentes de viagem do tempo que já foi feito.
Contamos com uma trilha sonora de incrível riqueza e uma música tema perfeita (o marcante tango de Astor Piazzolla). Essas músicas envolvem um roteiro cheio de pequenas ótimas sacadas, forjado por uma teia lógica muito bem tecida e retorcida. O filme consegue, ainda, abordar temas variados com certa profundidade e perspicácia. O mais marcante deles é a loucura, sempre relacionada a paradigmas e pontos de vista.
* Quem não lembrou desse filme na época do H1N1? "No início pensarão que é uma febre. Depois vão averiguar e logo saberão..."
* O filme de Gilliam é inspirado no curta francês La jetée (1962), que conta uma experiência apocalíptica envolvendo guerra nuclear, aeroporto e viagem no tempo. O curta também inspirou o jogo de computador 'Fallout'.
Estamos falando do trabalho mais memorável do ondulante diretor Terry Gilliam. Na história, que reúne previsões apocalípticas, viagens no tempo e reflexões psicológicas, acompanhamos James Cole (Bruce Willis) em sua missão pela coleta de dados que possam salvar os humanos do seu tempo (2035). A possibilidade de mudar o passado é deixada de lado. O caos é iminente e todos estão condenados. “Veio nos salvar, Mr. Cole? Como, se já aconteceu?”
Uma falha na tecnologia de transição temporal acaba enviando James seis anos antes do programado. Mesmo com os erros, as situações se encaixam como se todos os personagens estivessem predestinados. O protagonista acaba sendo internado como louco após anunciar o fim do mundo. No sanatório, ele conhece sua médica responsável, Kathryn Railly (Madeleine Stowe), e um mauricinho louco e idealista, Jeffrey Goines (Brad Pitt). Com o passar dos anos, o trio se descobre responsável pelos fatos que definiram a destruição, em 1997, do planeta como era conhecido.
Tecnicamente o filme se sai bem, mesmo apresentando um futuro trash, quase de cinema caseiro (látex, metal, cabos e couro). A história é empolgante, muito bem escrita e articulada. A trama envolve completamente. Enquanto isso, temos atuações de encher os olhos, com Willis em uma de suas melhores exibições e Brad Pitt provando toda sua qualidade artística. O jogo de câmeras é trabalhado de forma muito inteligente, completando o longa técnico, estrutural e emocionalmente. Isso tudo sem contar que Os 12 macacos é um dos filmes mais coerentes de viagem do tempo que já foi feito.
Contamos com uma trilha sonora de incrível riqueza e uma música tema perfeita (o marcante tango de Astor Piazzolla). Essas músicas envolvem um roteiro cheio de pequenas ótimas sacadas, forjado por uma teia lógica muito bem tecida e retorcida. O filme consegue, ainda, abordar temas variados com certa profundidade e perspicácia. O mais marcante deles é a loucura, sempre relacionada a paradigmas e pontos de vista.
* Quem não lembrou desse filme na época do H1N1? "No início pensarão que é uma febre. Depois vão averiguar e logo saberão..."
* O filme de Gilliam é inspirado no curta francês La jetée (1962), que conta uma experiência apocalíptica envolvendo guerra nuclear, aeroporto e viagem no tempo. O curta também inspirou o jogo de computador 'Fallout'.