terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Onde são revelados os segredos



Bem-aventurados são aqueles que encontram a paz após a morte. Triste é o caminho de quem prossegue. Para muitos, essas podem ser as máximas que norteiam a vida dos sofredores – aqueles que acreditam ser o sofrimento a única certeza da vida material. Em Post Mortem (“Post Mortem”, Chile, 2010) de Pablo Larraín, entramos em contato com um mundo sombrio e solitário, o mundo da morte.




Fim ou recomeço? Algumas crenças afirmam ser o fim ou “o encontro com único mal irremediável”. Já outras, acreditam ser apenas um “até logo”. Entre uma e outra, no entanto, os sentimentos são os mesmos: a dor, a saudade, as lembranças. E quando a morte lhe é conveniente? O que sentimos?


En esta película chilena, Larraín conta a história de Mario Cornejo (Alfredo Castro), auxiliar no Servicio Medico Legal (S.M.L. – equivalente ao nosso I.M.L.) sendo o responsável por transcrever as autópsias, em pleno ambiente de guerra civil – Golpe de Estado do Chile em 73. Apesar de não ser propício, enamorase por uma bailarina (Antonia Zegers). O filme ainda rende um certo suspense, um sentimento de revolta pelo o que ocorreu naqueles anos de chumbo e o reflexo na sociedade. Além disso, abre espaço para a discussão sobre os aspectos psicológicos do enfrentamento com a morte. Até que ponto ela pode afetar nossos pensamentos?


Podemos entender que a solidão nos afeta de uma forma tal que transformam cordeiros em executores. É uma história pesada com um tema psicológico, na qual ficamos com a pergunta: “o que faríamos na mesma situação?”.


Pablo Larraín mostra o por quê o cinema chileno vem despertando curiosidade nas indústrias europeias. Um olhar peculiar sobre amor tendo ao fundo a história de seu país. Vale conferir. Principalmente pela atuação de Alfredo Castro e sua inexpressividade “gritante”.

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