
Fim ou
recomeço? Algumas crenças afirmam ser o fim ou “o encontro com único mal
irremediável”. Já outras, acreditam ser apenas um “até logo”. Entre uma e outra,
no entanto, os sentimentos são os mesmos: a dor, a saudade, as lembranças. E
quando a morte lhe é conveniente? O que
sentimos?
En esta película chilena, Larraín
conta a história de Mario Cornejo (Alfredo Castro), auxiliar no Servicio Medico Legal (S.M.L. –
equivalente ao nosso I.M.L.) sendo o responsável por transcrever as autópsias,
em pleno ambiente de guerra civil – Golpe de Estado do Chile em 73. Apesar de não
ser propício, enamorase por uma
bailarina (Antonia Zegers). O filme ainda rende um certo suspense, um
sentimento de revolta pelo o que ocorreu naqueles anos de chumbo e o reflexo na
sociedade. Além disso, abre espaço para a discussão sobre os aspectos
psicológicos do enfrentamento com a morte. Até que ponto ela pode afetar nossos
pensamentos?
Podemos entender que a solidão nos afeta de uma forma tal que
transformam cordeiros em executores. É uma história pesada com um tema
psicológico, na qual ficamos com a pergunta: “o que faríamos na mesma situação?”.
Pablo Larraín mostra o por quê o cinema chileno vem despertando
curiosidade nas indústrias europeias. Um olhar peculiar sobre amor tendo ao
fundo a história de seu país. Vale conferir. Principalmente pela atuação de Alfredo
Castro e sua inexpressividade “gritante”.