Texto escrito pelos críticos MONALISA MARQUES e BRUNO LACERDA
ATENÇÃO, leitor! Se você está lendo isso, significa que o mundo não acabou. Que você vai precisar reparar todas as loucuras que fez durante o desespero do dia anterior – ou quem sabe o resultado só apareça depois de nove meses... Exagerou no carpe diem, amigo? Pois é, pois é. O calendário Maia estava errado, mas trazemos o certo pra você, atualizado:
Opa, gangnam style! Peraí! Mas se Deus é brasileiro, o Papa é carioca e o relógio é de feirinha! Vem, gente, que Deus pode ter atrasado o dilúvio, o que te dá mais alguns minutos pra aprender com quantos paus se faz uma canoa. (Vai de canoa, sim! Se quisesse uma arca deveria ter começado antes!)
Mas vamos supor que o mundo acabe enquanto você lê isso... O asteroide chegando, os vulcões entrando em erupção, a Terra toda estremecendo, e você no LixeiraDourada! Muito bem, parabéns! Lembraremos de você na nossa próxima promoção. Vou fazer uma pequena pausa para você se despedir do seu hamster...
Então tá, chegamos ao quarto parágrafo, e agora você deve ter certeza de que nada vai acontecer, certo? Dever de casa: escrever uma dissertação sobre “como você pode ter acreditado na previsão de um povo que não previu a própria extinção”. É a mesma coisa que acreditar em personal trainer gordo, dentista banguela, publicitário fazendo crítica de filme, promessa de político... simplesmente não dá!
E assim chegamos ao quinto parágrafo, e o mundo continua aí, firme e forte. Ainda chove em São Paulo, no Rio ainda faz calor, e de tudo isso você sabe reclamar muito bem no Facebook. What now, Joseph? (E agora, José?), o que fazer? Insultou alguém, jurou promessas, comprou uma casinha no além? É melhor comprar logo o presente do seu amigo-oculto, porque já é Natal na... ah, você sabe.
