Ao contrário de Hollywood, o cinema argentino pouco investe em grandes produções ou em efeitos especiais. Os filmes na Argentina possuem um foco muito maior no roteiro e nas atuações de todo o elenco - Além de possuírem o costume de sempre retratarem a vida mundana da sua classe média decadente, abordada em vários filmes.
Em uma época de turbulação política, os longas argentinos continuam sendo uma vitrine internacional para o país de Cristina Kirchner. A Argntina é, de longe, o país mais reconhecido da América Latina no mundo cinematográfico. Não à toa, o país possue dois Oscars e já produziu pérolas como "Nove Rainhas" e "O Segredo dos Seus Olhos", longas reconhecidos mundialmente. O cinema do Chile também vem sendo bastante comentando e o Brasil... Bom, o Brasil continua enviando "O Palhaço" e "Lula" para competirem ao Oscar. Vamos ignorar.
Este Viúvas (Viudas, Argentina, 2011) não é o melhor exemplar do cinema argentino atual, mas nos dá uma bela amostra das produções que são feitas no país aqui do lado. Nas mãos de um brasileiro, Viúvas poderia se tornar uma comédia escrachada, cheia de exageros e com o tom televisivo. Não é isso que acontece no comando do diretor Marcos Carnevale. Roterista de seu próprio longa, Marcos nos conta uma história bem inusitada: Elena (Graciela Borges), uma famosa cineasta, recebe um pedido bem ingrato de seu marido - À beira da morte, ele pede que sua esposa cuide de Adela (Valeria Bertucelli), sua amante de vinte e poucos anos.
Chocada, claro que Elena faz a poker face e finge que não sabe de nada. O problema é que Adela, a jovem amante - louca, carente e desequilibrada - começa a lhe perseguir, dando início ao verdadeiro embate do filme: A eterna briga FIEL X AMANTE. O problema é que "briga" é uma palavra muito forte para definir o que acontece entre as protagonistas desse filme. Elas mal se cutucam, mal se xingam. Não rola nenhuma gilete, nenhuma canivetada. O filme não tem aquela #BitchFight que a gente gosta tanto de assistir. É tudo muito morno... O filme, com certeza, seria mais animado se fosse em uma favela carioca.
Também irrita muito a concepção que o diretor faz de Adela, a amante. Todas as cenas a pintam como uma pobre coitada, uma inocente, uma donzela. Sua índole nunca é questionada. Falta ao filme uma história mais pulsante. No fim das contas, Viúvas só quer falar sobre valores universais como o amor, o perdão e... ZzZ. Fica pra próxima.
Em uma época de turbulação política, os longas argentinos continuam sendo uma vitrine internacional para o país de Cristina Kirchner. A Argntina é, de longe, o país mais reconhecido da América Latina no mundo cinematográfico. Não à toa, o país possue dois Oscars e já produziu pérolas como "Nove Rainhas" e "O Segredo dos Seus Olhos", longas reconhecidos mundialmente. O cinema do Chile também vem sendo bastante comentando e o Brasil... Bom, o Brasil continua enviando "O Palhaço" e "Lula" para competirem ao Oscar. Vamos ignorar.
Este Viúvas (Viudas, Argentina, 2011) não é o melhor exemplar do cinema argentino atual, mas nos dá uma bela amostra das produções que são feitas no país aqui do lado. Nas mãos de um brasileiro, Viúvas poderia se tornar uma comédia escrachada, cheia de exageros e com o tom televisivo. Não é isso que acontece no comando do diretor Marcos Carnevale. Roterista de seu próprio longa, Marcos nos conta uma história bem inusitada: Elena (Graciela Borges), uma famosa cineasta, recebe um pedido bem ingrato de seu marido - À beira da morte, ele pede que sua esposa cuide de Adela (Valeria Bertucelli), sua amante de vinte e poucos anos.
Chocada, claro que Elena faz a poker face e finge que não sabe de nada. O problema é que Adela, a jovem amante - louca, carente e desequilibrada - começa a lhe perseguir, dando início ao verdadeiro embate do filme: A eterna briga FIEL X AMANTE. O problema é que "briga" é uma palavra muito forte para definir o que acontece entre as protagonistas desse filme. Elas mal se cutucam, mal se xingam. Não rola nenhuma gilete, nenhuma canivetada. O filme não tem aquela #BitchFight que a gente gosta tanto de assistir. É tudo muito morno... O filme, com certeza, seria mais animado se fosse em uma favela carioca.
Também irrita muito a concepção que o diretor faz de Adela, a amante. Todas as cenas a pintam como uma pobre coitada, uma inocente, uma donzela. Sua índole nunca é questionada. Falta ao filme uma história mais pulsante. No fim das contas, Viúvas só quer falar sobre valores universais como o amor, o perdão e... ZzZ. Fica pra próxima.
