
Quando falamos sobre o possível fim do mundo sempre comentamos os meios pelos quais isso acontecerá. Tsunamis, terremotos, derretimento da calota polar, e até mesmo uma explosão solar já foram pautados. Mas será que alguém já pensou o que vai ser da raça humana depois do Armagedon? Para muitos a resposta seria extinção, porém acredito que no mundo do cinema essa hipótese seja descartada. E foi mais ou menos nessa linha que os diretores Don Bluth e Gary Goldman (os mesmo de "Anastásia" e "A Ratinha Valente") seguiram para dar vida a mais uma de suas animações: Titan A.E (EUA, 2000).
Diferentemente do que foi previsto pelos Maias; no longa, o Planeta Terra chega ao seu fim em 3028. E isso não acontece graças a um evento natural destrutivo e sim pelo grande poder fogo de uma maligna raça alienígena conhecida como Drej. Quinze anos depois, o jovem Cale descobre que possui em seu código genético um mapa astral capaz de mostrar a localização da nave Titan: última esperança de salvação da raça humana. Ele contará com ajuda da tripulação da Valkyrie para conseguir fugir da intensa perseguição dos Drej e encontrar a máquina construída por seu pai.
Não sei se conseguiram perceber logo de inicio, mas as letras A.E. (presentes no título) é a abreviação de After Earth, que em português significa 'Depois da Terra'. Ou seja, vocês já devem imaginar o cenário hostil e perigoso que Cale tem de enfrentar. Sem falar que, após a extinção do nosso planeta, os humanos são vistos como parasitas que não possuem um território próprio (maneira similar a que vemos na relação entre israelenses e palestinos). Além do mais, praticamente toda a história se passa no espaço sideral, onde não há oxigênio; o que dificulta ainda mais a tarefa dos heróis da trama.
Me atrevo a disser que esta animação é uma mistura de duas grandes produções do mesmo estúdio responsável pela sua confecção. Titan A.E. possui elementos muitos similares aos presentes nos longas de "Guerras nas Estrelas" e "O Dia da Independência". Um deles é o raio da morte usado pela nave mãe dos Drej, o qual é muito parecido com o da Estrela da Morte. Também, a própria aparência dos malignos alienígenas lembra e muito aos invasores que ameaçam a Terra na obra Roland Emmerich. Com essas e outras pequenas referências, o filme não fica nada a desejar. Ao contrário, ele consegue empolgar e divertir qualquer público.