sexta-feira, 3 de maio de 2013

O filme que deveria ter ido para Nolan

Desculpa falar tão francamente, mas esse é o comentário que perpassa por todo o tempo que você estiver assistindo Em Transe (“Trance” Reino Unido, 2013). Um suspense mental procurando apresentar idéias novas que te deixam muito confuso. No final, a única coisa que te inspira é vontade de rever "A Origem".



Se você ainda tem alguma paciência para James McAvoy, lá vai! Ele trabalha numa casa de leilões e ajuda a coordenar o roubo de um quadro. No meio de tudo isso, algo da muito errado e eles perdem o quadro. A única forma de achar a obra de arte é através do seu subconsciente o qual eles acessaram em um processo de hipnoze. “Uou! Hipnoze? Que irado!” né? De fato, a premissa é bastante interessante, e não fazem um crime de roubo de artes desde o remake de Thomas Crown. O que dá errado? Seria bom que o filme não te entregasse todas as revelações nos primeiros 20 minutos.


Na direção, o Danny Boyle acaba esbanjando os mesmos truques de sempre. Esse é o primeiro filme do diretor a evocar uma narrativa mais punk, urbana, londrina desde seu debut em Trainspotting. A artimanha, porém, é menos eficiente na segunda vez. Aliás, é extremamente discutível se deu certo ou não. A maneira como o filme é quebrado, sem dar as informações por inteiro, não contribui para o suspense a fica sendo só irritande. Além dos truques antigos Boyle também apresenta algumas artimanhas pops novas que são a maior inovação que ele deu a obra.


Se você quer procurar alguma salvação para Em Transe, é a fotografia. Qualquer outra coisa desse filme parece ter dado um pulo maior que a perna. O que é uma pena porque, com tantas idéias boas, esse roteiro não deveria ter sido desperdiçado tão aleatóriamente.

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