Este é, com certeza, o ano da banda Legião Urbana nos cinemas, já que nos próximos meses chega às telas o aguardado "Faroeste Caboclo", inspirado na canção homônima sobre João de Santo Cristo, e o biográfico "Somos Tão Jovens", de Antonio Carlos Fontoura, estreia nesta sexta-feira.
O filme conta a história do jovem Renato Russo (Thiago Mendonça), em sua fase depressiva revoltada em busca da transgressão. Ou seja, pós-adolescente. Para expressar sua raiva interior, ele acaba fundando a banda (não, não é a que você está pensando, mas sim) Aborto Elétrico, porque eles são assim rebeldes sem causa. E como qualquer jovem, ou pelos menos qualquer jovem em Brasília nessa época, eles bebem, fumam, usam drogas e exploram sua sexualidade nessa busca por fazer música importante. E é daí, desses jovens, que logo depois surgem as bandas Legião Urbana e Capital Inicial.
Apesar de toda a história falar da importância da revolta do rock brasileiro durante a ditadura, o roteiro gira em torno de Renato e sua melhor amiga, Aninha (Laila Zaid), o que deixa o filme simplesmente sem graça. É claro que todas as grandes músicas da Legião são tocadas, mas muitas vezes em momentos inesperados, que parecem inseridos no roteiro com o único propósito de fazer aquelas músicas aparecerem!
Com um texto assim
pobre falho, tive quase pena dos atores, que não tinham como fazer grandes performances, pelo menos não com essa direção idosa querendo se passar por "tão jovem". Apesar disso, musicalmente o filme está bom e Laila Zaid está perfeita para o papel da melhor amiga/namorada
wannabe.
Como fã (não-viciada) da banda, tinha boas expectativas para o filme, que saíram esmagadas. Vale a pena ver? Vale sim, até porque é um bom filme brasileiro, em comparação ao "E aí, Comeu" e derivados, e minhas críticas são realmente direcionadas ao roteiro e à direção. As músicas são boas, então finja que você está num show que fica tudo certo!
