quinta-feira, 30 de maio de 2013

...E ao pó retornará.




Como todo mundo sabe, a Monalisa Marques só veio para a Terra para me infernizar a vida. Mas não ter gostado de Se Beber Não Case Parte III (The Hangover Part III, EUA, 2013) já é demais! A conclusão da epopéia sobre rebarba moral traz de volta a matilha por uma última vez para atar os laços em uma obra de arte que só pode ser definida em uma palavra: épico.


O filme começa com Chow fugindo do presídio de segurança máxima em Bangkok. A partir daí, os lobos vão ter que se virar pra reaver um dinheiro que o oriental roubou de um mafioso. Além dos três anti-mosqueteiros, a maior adição ao elenco é o pioneiro John Goodman, que faz o vilão. Outros rostos antigos reaparecem para dar o ar da graça, incluindo uma stripper bem casada e um bebê loiro.


Uma das maiores críticas da continuação do original foi ter reciclado o roteiro apenas tornando as piadas e set ups mais absurdos (repugnantes, nojentas). Esse problema foi inteiramente resolvido no finale. Uma história completamente original que leva os safados e Los Angeles à Tijuana e depois de volta à Las Vegas onde tudo começou. É claro, não temos mais as desventuras de uma manhã de amnésia, e o título meio que perde o sentido (mais ou menos), mas as mudanças foram pra melhor.


Se você acha que essas mudanças serviram para desacelerar essa “turminha divertida”, pense de novo. A história é mais sólida e até mais "curtível". Os personagens saem definitivamente do arquétipo em que estavam engessados e adquirem profundidade, gerando momentos que fortalecem a amizade dos três. Tudo no caminho de fazer com que um deles amadureça. Também não é por isso que vão faltar momentos wtf. De fato, os surrealismos foram podados para dar espaço a algo mais sóbrio (haha, entendeu?). Mesmo assim, a melhor cena dos três filmes foi nesse último.


O primeiro "Se beber, não case" foi a maior bilheteria de uma comédia para adultos. O segundo, por mais que tenha mantido a mesma marca de humor, deixou um pouquinho a desejar. Agora, nesse terceiro, eles mostraram a que vieram, em uma conclusão que merece o título. Não existe questão não resolvida, piada não feita ou animal que não tenha sido maltratado. Uma conclusão boa tem que deixar a gente com vontade de ver mais, mas ao mesmo tempo, tem que nos dar a certeza de que já aconteceu tudo que tinha pra acontecer. E esse filme faz exatamente isso.
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