Se você estiver pensando em ir ao cinema para assistir ao filme O Que Se Move (Brasil, 2012), que estreia nesse fim de semana, aconselho a desistir urgentemente da ideia. O longa que conta a história de três famílias distintas aprendendo a lidar com a chegada e/ou perda de um filho. A trama aparentemente poderia ter se tornado uma boa produção dramática, mas, por alguns fatores, acabou seguindo o caminho totalmente inverso. E, ao meu ver, é um categórico fracasso.
Um dos aspectos que contribuíram para o resultado catastrófico foi o estilo de montagem escolhido pelo jovem diretor Caetano Gotardo (o mesmo de "Trabalhar Cansa"). Ao assistir ao longa fica clara a sua intenção em fazer algo mais artístico, procurando ser o menos "comercial" possível. Porém, acredito que ele deu mais importância aos planos e quadros esteticamente bonitos do que ao próprio enredo da história. Em dois dos três núcleos, há partes em que a interação dos personagens é totalmente ignorada, e o foco fica para meros figurantes. Uma dessas cenas tem como destaque um bebê (que provavelmente será contratado para ser o futuro protagonista do comercial do Sustagem Kids) que brinca com um pedaço de brócolis, situação sem qualquer relevância para a trama. Em outra, nós ficamos admirando um singelo pato enquanto a conversa ocorre em outro plano.
A parte musical é outra que irá incomodar demais a qualquer pessoa que tenha coragem para assistir ao longa. E, quando digo isso, não me refiro a trilha sonora, estou falando dos "cantos" que são interpretados pelas protagonistas ao final de cada núcleo. Músicas essas que são mais falas cantaroladas do que propriamente canções. Para a produção do filme, essas frases são o suficiente para classificá-lo como um musical, o que acho até mesmo ofensivo com esta categoria (tanto que nem mesmo marquei este texto como um musical).
O filme ainda consegue ter três aspectos que salvam. A excelente interpretação das três atrizes principais consegue atrair a nossa atenção para a tela. E são elas as responsáveis e únicas merecedoras de algum elogio dentro desta produção (a nota abaixo é graças a elas). Por fim, podemos dizer que O Que Se Move é um longa autoral que tinha tudo para ser uma boa peça dramática, mas que acaba se perdendo desde o início de sua projeção.
Um dos aspectos que contribuíram para o resultado catastrófico foi o estilo de montagem escolhido pelo jovem diretor Caetano Gotardo (o mesmo de "Trabalhar Cansa"). Ao assistir ao longa fica clara a sua intenção em fazer algo mais artístico, procurando ser o menos "comercial" possível. Porém, acredito que ele deu mais importância aos planos e quadros esteticamente bonitos do que ao próprio enredo da história. Em dois dos três núcleos, há partes em que a interação dos personagens é totalmente ignorada, e o foco fica para meros figurantes. Uma dessas cenas tem como destaque um bebê (que provavelmente será contratado para ser o futuro protagonista do comercial do Sustagem Kids) que brinca com um pedaço de brócolis, situação sem qualquer relevância para a trama. Em outra, nós ficamos admirando um singelo pato enquanto a conversa ocorre em outro plano.
A parte musical é outra que irá incomodar demais a qualquer pessoa que tenha coragem para assistir ao longa. E, quando digo isso, não me refiro a trilha sonora, estou falando dos "cantos" que são interpretados pelas protagonistas ao final de cada núcleo. Músicas essas que são mais falas cantaroladas do que propriamente canções. Para a produção do filme, essas frases são o suficiente para classificá-lo como um musical, o que acho até mesmo ofensivo com esta categoria (tanto que nem mesmo marquei este texto como um musical).
O filme ainda consegue ter três aspectos que salvam. A excelente interpretação das três atrizes principais consegue atrair a nossa atenção para a tela. E são elas as responsáveis e únicas merecedoras de algum elogio dentro desta produção (a nota abaixo é graças a elas). Por fim, podemos dizer que O Que Se Move é um longa autoral que tinha tudo para ser uma boa peça dramática, mas que acaba se perdendo desde o início de sua projeção.
