terça-feira, 29 de março de 2011

FILOSOFILMES: O brilho da lua enfraqueceu

Completando a trilogia cinematográfica das marinheiras lunares surge Sailor Moon SuperS: Black Dream Hole (Japão 1995).  O filme compartilha da mesma maldição que envolve a quarta temporada, considerada a mais fraca da série. A infinita criatividade da franquia não está tão evidente, parecendo uma produção feita as pressas.



A maléfica Vadiane está capturando todas as crianças do mundo para juntar energia suficiente para criar o buraco dos sonhos das trevas (Black Dream Hole). Ela percebe que Rini (a Sailor Chibi Moon) é a criança que mais poderia fornecer energia a ela, por isso a captura. As guerreiras então entram em ação para salvá-la junto com um novo amigo: Peruru.


A série "SuperS" do anime foi uma tentativa de atingir novamente o público entre seis e doze anos, o mesmo da primeira temporada. A infantilidade excessiva, a referências aos contos de fadas, e a tentativa de colocar a Rini como protagonista são apontadas como os motivos do relativo fracasso da temporada. Infelizmente no cinema não foi diferente: a história é excessivamente simples; as lutas contra "neném de bombons" beiram ao ridículo e a musiquinha cantada pelas crianças é, no mínimo, enjoativa.



Outro fato que incomoda é a participação das guerreiras introduzidas na terceira temporada. A aparição delas é exclusivamente para agradar aos espectadores, não contribuindo em nada para o andamento da história do filme.A participação da Sailor Plutão é misteriosa, já que ela morre durante a exibição do anime, e aqui volta sem nenhuma explicação.


Há alguns momentos de brilho: a cena em que a Serena está sonhando com o Darien é muito criativa, apesar de não ser original. A luta final entre Vadiane e Sailor Moon tem um desfecho espetacular. A cena em que a Moon está segurando Rini nos braços também merece destaque, e a última cena do filme é muito "bonitinha".


Sailor Moon SuperS: Black Dream Hole não é totalmente ruim. O problema é ser enjoativo, quase como uma loja de doces. Há momentos de brilho, e alguns pequeninos devem adorar o longa metragem como um todo. Tudo é muito colorido, fofinho e bonitinho, praticamente o inverso do filme anterior. O último filme da trilogia merecia ter sido melhor...bem melhor!

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