terça-feira, 22 de março de 2011

FILOSOFILMES: Poder Cósmico Lunar

Sailor Moon S: Hearts in the Ice (Japão 1994) é o filme mais "profundo" das marinheiras da lua, talvez por ser o único baseado numa história escrita pela autora. A ação constante do longa metragem anterior dá lugar ao romantismo, com ênfase no sentimento das personagens. É o único da trilogia nas telonas a contribuir significativamente para a história da série.

A maléfica rainha do gelo, Kaguya, ataca Tóquio e as Sailors precisam entrar em ação novamente. Simultaneamente, a gatinha Luna quase é atropelada por um carro, mas é salva pelo humano Kakeru, por quem se apaixona. Ele é um astronauta que tinha obcessão em achar a princesa mitológica que coincidentemente (ou não) se chama Kaguya. Quando Kakeru fica doente, Luna tem seus sentimentos conflituados e deseja fortemente se transformar numa humana.


O filme se passa em algum momento durante a terceira fase do anime e mangá. Ao contrário do antecessor, a fórmula que deu sucesso a série de TV não é usada de forma tão evidente, com apenas elementos básicos para agradar os fãs. A história de Luna e Kakeru é muito bem "encadeada", não sendo um romance que cai no ridículo e nem na caricatura. O cuidado com cada cena é perceptível, os diálogos parecem ser aqueles escritos e re-escritos até se adequarem perfeitamente a situação. O final tem uma grande "carga emocional", além de envolver linguagem metafórica e alguns simbolismos.

O maior problema são as excessivas cenas de transformação, as dez guerreiras o fazem uma seguida da outra, podendo cansar o espectador e dando a impressão de que estão "enchendo linguiça", até porquê todas são extraídas do anime. Outro problema são as cenas de batalha, mesmo com boa produção e lutas emocionantes, são poucas; talvez de forma proposital, pois Luna é a "estrela" do filme, mas acaba decepcionando alguns.



Sailor Moon S: Hearts in the Ice é considerado por muitos fãs o melhor dos três longas. De longe é o mais "inteligente", e passa a sensação de estarmos assistindo a um filme de animação em 2D, e não a  série de TV condensada. Não é isento de erros, mas suficientemente bom para agradar a todos, não só os amantes de animes e mangás.
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