quarta-feira, 13 de abril de 2011

FILOSOFILMES: Tempo E Amor

Um pouco de "pieguice" aliada a uma história criativa faz com que A Casa Do Lago (EUA 2006) seja daqueles filmes que mulheres suspirarão várias vezes durante seus 105 minutos de projeção. Duas pessoas conversam por cartas, sendo que um vive em 2004, e outro em 2006. O que poucos sabem é que o longa é um remake do sul-coreano "Il Mare", que fez grande sucesso com os nossos amigos de olhos puxados.


Kate Forster (Sandra Bullock) é uma médica solitária que morava numa casa à beira de um lago. Ela passa a trocar cartas de amor com o novo morador da residência, o arquiteto frustrado Alex (Keanu Reeves). No entanto, percebem que existe um espaço de tempo que atrapalha o "relacionamento" entre os dois. Percebendo a aura de mistério em torno da troca de cartas, eles tentam driblar esse contratempo para que, finalmente, a hora certa para que se amem chegue.


É perceptível um "clima oriental" para quem já é familiarizado com o estilo de cinema deles, como os toques sobrenaturais que não precisam de uma explicação lógica para existirem. A construção do amor dos protagonistas também é interessante, apesar de muitos considerarem "água com açucar" e ter um final que, apesar de bastante previsível, fará alguns chorar. 


Os mais desatentos podem "se perder" durante a exibição, já que o filme trabalha com duas linhas temporais distintas, o que pode acabar confundindo e irritando. Outro fator negativo é os personagens não se encontrarem na linha temporal dela (2006), o que acaba se tornando um tema dentro do longa, mesmo sendo um pouco forçado, no final tudo faz sentido.


A Casa Do Lago traz uma história absurda e irreal, mas a idéia é você "entrar no clima" da trama. Se você for assistir ao filme sem preconceitos e disposto a se divertir com um roteiro bastante criativo, você não se decepcionará. O longa é "leve", daqueles para assistir com a sua namorada abraçados no sofá da sala.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...