Seja pelos ótimos atores, seja pelo ótimo roteiro, A Minha Versão do Amor (Barney’s Version, 2010, Canadá) faz o tipo que prende a atenção do início ao fim. Baseado no romance de Mordecai Richler, o filme, de Richard J. Lewis, conta a história de Barney Panofsky. Produtor de televisão cínico e constantemente bêbado, Barney é interpretado por Paul Giamatti de forma brilhante. Impossível pensar no personagem sem associá-lo às expressões do ator.
Foram três os casamentos de Barney Panofsky. Após o fracasso do primeiro, ele se casou, nas palavras de seu pai, "com tudo o que um homem poderia querer": uma mulher rica e gostosona. Durante sua festa de casamento, no entanto, Barney conhece Miriam Grant, e descobre que o suficiente, para ele, está além da futilidade da sua esposa atual.
Foram três os casamentos de Barney Panofsky. Após o fracasso do primeiro, ele se casou, nas palavras de seu pai, "com tudo o que um homem poderia querer": uma mulher rica e gostosona. Durante sua festa de casamento, no entanto, Barney conhece Miriam Grant, e descobre que o suficiente, para ele, está além da futilidade da sua esposa atual.
Irremediavelmente apaixonado pela primeira vez em sua vida, ele passa a viver duas vidas. Em uma ele é amado platonicamente por sua esposa, uma mulher com compulsão por comprar e falar; na outra, ele vive um amor platônico e declarado pela graciosa Miriam, com direito a encomendas semanais de buquês. Mas o terceiro casamento só se consuma após um acontecimento que, premeditado ou não (a narrativa deixa esta decisão para interpretações pessoais), marca a vida de Barney em diversos aspectos.
A Minha Versão do Amor é, essencialmente, um filme sobre a descoberta do verdadeiro amor, mas felizmente não corresponde à pieguice dessa descrição. As tramas são muito bem desenvolvidas e, por mais que umas ou outras cenas pareçam ser desnecessárias para a narrativa, todas elas contribuem para a construção do personagem, dando uma dimensão maior para as suas decisões. Os diálogos são inteligentes, e a história é engraçada e emocionante na medida certa.
A escolha do elenco foi perfeita, com destaque para Paul Giamatti e Rosamund Pike, no papel de Miriam Grant. Os diálogos dos dois são ótimos de se ouvir, e dão a sensação de que os personagens poderiam ser definidos por suas vozes: graves, controladas, que chegam apaixonadamente aos ouvidos. No entanto, as vozes sem as expressões seriam um desperdício. A atuação de Giamatti é certeira; deixa transparecer os conflitos interiores do personagem na dose certa. Vê-lo em cena é um ótimo exemplo de que bons atores são definidos por suas cenas de silêncio.
A escolha do elenco foi perfeita, com destaque para Paul Giamatti e Rosamund Pike, no papel de Miriam Grant. Os diálogos dos dois são ótimos de se ouvir, e dão a sensação de que os personagens poderiam ser definidos por suas vozes: graves, controladas, que chegam apaixonadamente aos ouvidos. No entanto, as vozes sem as expressões seriam um desperdício. A atuação de Giamatti é certeira; deixa transparecer os conflitos interiores do personagem na dose certa. Vê-lo em cena é um ótimo exemplo de que bons atores são definidos por suas cenas de silêncio.
