quinta-feira, 7 de abril de 2011

Se eu fosse o último cara do mundo, quem sabe?

Ah! As dificuldades de um relacionamento! Como conciliar os desejos de uma aventureira aos receios de um mimadinho da mamãe? Se toda tentativa de vencer a extinção passasse por problemas como esse, já teríamos desistido; mas não de acordo com Rio (2011). Através da história de Blu, uma simpática arara azul macho, o filme passa mensagens de persistência e responsabilidade ao assumir os riscos que a vida traz. É um forte candidato a virar tema de festa infantil nos próximos meses - até na Argentina.



Blu é um típico bichinho de estimação: limitado ao mundo que sua bondosa dona Linda lhe apresentou em Minnesota, EUA.  Acostumado às mordomias que um lar humano é capaz de oferecer, ele é completamente satisfeito com a vida que leva, até que um pesquisador chega à livraria de Linda com uma novidade: Blu é uma arara azul, um pássaro raríssimo, cujo único outro exemplar da espécie é uma fêmea chamada Jade. Depois de muito pensarem, Linda e Blu decidem acompanhar o pesquisador e viajam para o Brasil, mais especificamente para o Rio de Janeiro em época de carnaval.


Mas a história do casal de ararinhas começa bem longe de um ideal romântico. Opostos perfeitos um do outro, os dois mergulham numa aventura pelas ruas do Rio de Janeiro ao serem capturados por contrabandistas. Embora tenham objetivos diferentes – ela, voltar para a liberdade da floresta, ele, para o aconchego de sua dona – Blu e Jade passam, juntos, por um processo de autoconhecimento e superação, com a ajuda de amigos ou de empecilhos criados pelo inimigo Nigel, a cacatua capanga dos contrabandistas.


A história se desenvolve, desde o início, de forma contagiante. O ritmo é marcado por uma trilha sonora que faz os pés marcarem o compasso inconscientemente. É divertido ver o calçadão da praia em animação, e os detalhes das cenas na favela confirmam a qualidade. O filme tem sacadas geniais, como o dúbio Luiz, um buldogue com problema nas glândulas salivares que, brilhantemente, resiste ao impulso de caçar pássaros.


Além disso, quem estava com saudades de um bom solo de vilão desde o Scar de O Rei Leão, vai se divertir com o número de Nigel. Aliás, aqui vai uma dica: não confie em pássaros que comem galinha. E pense duas vezes antes de supor “e se eu fosse o último cara do mundo...”. Aprenda logo de uma vez que isso não seria necessariamente fácil.



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