terça-feira, 19 de abril de 2011

Notas Musicais #9

Marcelo Camelo que me desculpe, mas saiu o Wasting Light.


Engraçado, o disco começa com Dave Grohl gritando "These are my famous last words!". Provavelmente é só uma coincidência ou uma provocação boba. O que importa é que Wasting Light é o melhor trabalho do Foo Fighters desde The Colour and The Shape. O disco carrega um clima muito semelhante ao Foo Fighters pré In Your Honor, com riffs pesados e bem definidos, enquanto os vocais são melódicos e limpos.


A faixa de abertura, Bridge Burning, já anuncia o que vem por aí. Em Rope, somos invadidos por aquele sentimento de "já não ouvi isso antes?", pelo tom clássico da banda que a música tem. Dear Rosemary é simplesmente encantadora, com seu refrão grudento "Rosemary you're part of me now! You are, you are, you are!". White Limo traz um Foo Fighters mais pesado, que também conhecemos de longa data. Lemmy, do Motorhead, participando do clipe é genial. Aí, então, chega Arlandria, outra música incrível e grudenta, em que Dave canta "Fame, fame, go away. Come again some other day".


A sexta faixa, These Days, merece destaque. Com uma letra simplesmente maravilhosa, o Foo Fighters mostra que ainda sabe fazer aquele som que só eles sabem fazer. No refrão somos invadidos por uma satisfação imensa ao ouvir o grito "Easy for you to say! Your heart has never been broken!". Já na sétima faixa Back & Forth sentimos uma certa caída da banda, mas que logo é resgatada em mais um refrão grudento. Eis então que vem A Metter Of Time e Miss The Misery, duas músicas que não convencem nada e tiram a perfeição do disco. E, pra finalizar, I Should Have Known, com participação do lendário Kirst Novoselic, ex-baixista do Nirvana, e Walk.


Sem sombra de dúvida, um dos melhores discos desse ano até agora. Se não fosse o incrível segundo disco da banda, The Colour And The Shape, Wasting Light seria o melhor trabalho do Foo Fighters. Muito diferente dos últimos dois desastres, nos quais a banda esteve envolvida com pessoas e lugares que a impediram de fazer seu som característico.

É isso, Wasting Light é um disco para ficar marcado, iniciando a nova década em grande estilo. Agora, quando é que eles vem pro Brasil, hein, senhor Medina?
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