quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cronometrando

Paul Haggis, o premiado roteirista e diretor de "Crash - No Limite" repete em seu mais novo filme as principais características que o tornaram tão aclamado. Em 72 Horas ("The Next Three Days", EUA, 2010) encontramos correria, tiros perseguições em rodovias movimentadas e todos aqueles elementos inevitavelmente obrigatórios em todo filme de ação que pretenda ganhar algum dinheiro.



O sempre canastrão Russel Crowe é nosso protagonista, John Brennan, um pai de família desesperado e obcecado que se torna capaz de qualquer coisa, inclusive arriscar sua vida e agitar a de seu filho, Luke, para tirar sua mulher da cadeia. O problema é que todos os meios legais falham, e Lara, interpretada pela bela Elizabeth Banks, continua sendo considerada culpada. Sem saber muito bem o que fazer, John começa a semear um plano de fuga, até que a notícia de que ela será transferida para uma penitenciária federal em três dias o obriga a agir de imediato.


Contando cada segundo, ele executa o plano em grandes sequências de ação apresentadas quase em tempo real na trama, prendendo ainda mais a atenção do espectador já sem fôlego. O ritmo da edição e da trilha sonora estão perfeitamente alinhados, mas quem espera um filme-correria desde o começo provavelmente vai se decepcionar. A primeira metade é repleta de flashbacks das investigações e dos úlimos momentos em família, como num episódio de C.S.I. às avessas.


O filme não decepciona, mas também não surpreende. A estrutura narrativa inverte a ordem "padrão" das cenas nesse tipo de filme, nada que não tenha sido feito antes. Como sempre, o espectador atento vai adivinhando a próxima cena, o que não estraga a sessão. Excelente diversão de fim de semana pra quem curte o gênero, ou filme pra ver na TV numa segunda-feira à noite se você não for tão fã assim.

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