segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

FILOSOFILMES: Romeu E Julieta?

Amores proibidos, casamento arranjado, famílias que não se gostam, e um final trágico. A história que eternizou "Romeu e Julieta" acontece de forma muito similar nesta produção. "Butterfly Lovers" ( China, 2008) é feito a partir do folclore milenar Chinês de 880 D.C, sendo que William Shakeaspeare nasceria mais de seiscentos anos depois. Isso tudo é mera coincidência?


Um casal se apaixonou no céu, como romances são proibidos no mundo espiritual, eles foram punidos a viver dez encarnações no planeta Terra. A história conta a décima encarnação, com Zhu Yanzi (ela) indo para o clube de espadachim da família rival disfarçada de homem. O dia em que ela vê Liang Zhongshan, o mestre dos espadachins, ela se apaixona a primeira vista. 


Decepciona a já citada semelhança com Romeu e Julieta. Apesar de se passar em épocas diferentes,todo o andamento da história já pode ser concluído pelo espectador a partir do momento em que ele faz a ligação com a história do Shakeaspeare. O "choque" vem a partir do momento em que se descobre que não se trata de uma re-edição da obra Shakeaspeariana, e sim uma feliz (ou infeliz, quem sabe?) coincidência. 


Com a ascenção da China, o cinema também deu um grande salto e anda impressionando os espectadores. A fotografia é excepcional, muito colorida, abusando das paisagens da época medieval Chinesa, com templos, florestas, etc. A  trilha sonora também está no mesmo nível. Os atores já não são tão bons, excetuando raros momentos de brilho. O maior pecado é o roteiro e algumas falhas da direção, com cenas excessivamente paradas que farão os mais impacientes bocejar. Felizmente, o clima arrastado é quebrado com batalhas que estamos acostumados (aqui no ocidente) do cinema oriental: Pulos exagerados, espadadas e sangue, um homem matando cinquenta, etc. Nada inovador, mas pelo menos divertido. 


Não há muito o que dizer sobre Butterfly Lovers. Para muitos será "O Romeu e Julieta chinês". Apesar dos esforços para uma produção excepcional, infelizmente cai no que chamamos de "filme típico da Sessão da tarde". É divertido, mas só isso. Dificilmente alguém assistirá duas ou três vezes, sendo uma vez suficiente para gostar e enjoar.

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