segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

FILOSOFILMES: Zzzzz....

Cuidado! Se você não quer dormir, saia imediatamente! Se estiver com insônia, aqui está um remédio melhor que muitos calmantes. Tokyo Boy (Japão 2008) tem até uma história interessante, mas muito mal dirigida.


Minato é uma menina aparentemente normal que se apaixona, porém ela tem alguma doença que nem ela mesma sabe o que é. Quando era pequena, ela perdeu os pais e desde então se corresponde por cartas com uma pessoa misteriosa chamada "Night", os dois nunca se encontraram.



Apesar da premissa interessante, o filme é mal executado em um dos quesitos principais: a direção. O clima "arrastado" vai do momento que a tecla "play" é acionada até os créditos. O diretor Hirano Shunichi fracassa, e muito. Assim como More Than Blue, depois de algum tempo as cenas são revistas por outro ângulo, mas ao contrário do citado, a sensação é de estarmos "rebobinando" os acontecimentos para esticar a produção. O problema não é o QUE foi feito, e sim COMO foi.


Ao contrário da direção, o roteiro é bem elaborado, mas não chega a ser brilhante. O encontro entre "Night" e Minato é o ponto alto da história, muito criativo. Outro ponto que chega a brilhar são os motivos que levaram a menina a desenvolver a doença, quando esta é revelada. Pelo menos o roteiro intriga o espectador.


A parte técnica é de difícil análise. As músicas que poderiam dar algum ritmo a trama, acaba por contribuir com o marasmo, com melodias lentas e usando o piano como principal instrumento, pelo menos são bonitas. A fotografia é boa, abusando das belas paisagens nipônicas. A atuação é típica dos japoneses, expressivos e ao mesmo tempo contidos.


Tokyo Boy tinha tudo para ser bom, sendo ótimo para o espectador refletir sobre convicções e o modo que leva a própria vida. Porém, a direção de Hirano Shunichi torna-o chatíssimo, desmotivando sua aquisição, por mais que a premissa e as revelações ao longo do filme sejam interessantes.



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