quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Uma Odisséia Moderna

Depois de atrasos nas filmagens e muita briga na produção, os irmãos Pevensie finalmente retornam aos cinemas nessa sexta-feira com As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada (“The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader”, EUA, 2010), baseado no quinto livro da série de C.S. Lewis e dirigido por Michael Apted.



Dessa vez, a história é centrada em Edmund (Skandar Keynes) e Lucy (Georgie Henley), deixados na casa do irritante primo Eustáquio (Will Poulter), enquanto os irmãos foram com para os Estados Unidos os pais . Em meio ao tédio e muitas discussões familiares, uma pintura de um navio começa a vazar, inunda o quarto, transportando, assim, o trio para Nárnia. O navio é o “Peregrino da Alvorada” e seu capitão é ninguém menos que Caspian, agora rei de Nárnia.


Caspian e sua tripulação estão à procura dos sete fidalgos, amigos do antigo rei que haviam desaparecido. Em sua busca, eles descobrem um grande mal em forma de um nevoeiro verde, que assombra as ilhas de Nárnia e eles terão que chegar até o fim do mundo para combatê-lo.


O filme peca pela falta de vilão. O combate ao mal puro chega a ser interessante, mas não sustenta a trama. Os efeitos visuais e especiais e a belíssima fotografia continuam excepcionais e trazem com o mesmo primor a magia de Nárnia à realidade. Ainda mais, acompanhados da direção de arte que capricha nos detalhes do navio e das ilhas.


Ainda assim, o ex-diretor Andrew Adamson e o compositor Gregson-Williams fazem falta. O amadurecimento atingido com o segundo filme da saga foi abandonado e o novo longa volta-se para um público quase estritamente infantil. Com diálogos fúteis e surpresas previsíveis, o filme deixa a desejar.

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