sábado, 21 de abril de 2012

Aquele Sentimento



Às vezes a gente não quer escrever, se expressar, tirar de dentro o que já quase transborda. Falta vontade de proclamar a arte ainda não vista. Por isso nos encontramos impotentes, cheios de pressão interna e completa inércia ao lado de fora. O quarto filme do Ciclo Alemanha nos tira de um ponto comum e nos leva para uma realidade de amor já explorada, aqui tratada com um novo olhar.


Max (Juergen Vogel) descobre estar com câncer pancreático e tem apenas um curto tempo de vida. Decidido a aproveitar ao máximo esse período, ele rouba todas as economias de seu chefe e passa a sonhar com praias no México. Durante a fuga, ainda em uma típica autoestrada alemã, ele sofre um acidente e seu carro vai parar dentro de uma fazenda. Mesmo desacordado, é retirado do veículo pela doce e forte Emma (Jordis Triebel), que passa a cuidar dele. A jovem mora e cuida sozinha de sua propriedade, mas enfrenta problemas financeiros e está prestes a perder seu patrimônio se não pagar as altas dívidas que possui.


A história, como uma alegoria para o fim da vida e o amor, desabrocha em uma zona rural da Alemanha. A Sorte de Emma (“Emmas Glück”, 2006) é o filme de fazer rir, pensar e chorar. Daquelas histórias cheias de clichês básicos e quando você está desatento BANG, a narrativa já te baleou e seu coração está ferido. Pelo meio dos olhos da personagem principal, vamos misturando aspectos delicados e extremamente maduros quando se trata da morte, da construção e perda de um afeto. Por isso sinta-se a vontade para já começar a preparar seu kit médico porque o seu peito está prestes a doer.
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