quinta-feira, 26 de abril de 2012

Duas Horas de Grandes Atuações

Será que as mulheres já perceberam que quando elas querem alguma coisa elas se utilizam de todos os artifícios que possuem, principalmente os “físicos”? As curvas de seus corpos (definidas ou indefinidas) são uma das armas mais fatais quando elas querem conquistar, iludir e alcançar os seus objetivos. Porém, quando seus alvos se tornam inúteis, essas doces damas, simplesmente os descartam. E neste ano, uma história que tem como pano de fundo esse enredo ganha uma versão cinematográfica. Sete Dias com Marilyn (My Week With Marilyn, EUA, 2011) é baseado no livro “The Prince, The Snow Girl and Me”, do escritor Colin Clark. Nele, ele conta a sua experiência com uma das mulheres mais provocantes de todos os tempos: Marilyn Monroe.



O longa, baseado em fatos reais, fala sobre a ida de Marilyn Monroe (Michelle Williams) pela primeira vez há Londres; onde fora para filmar “O Príncipe Encantado”. Em meio a todas as pessoas envolvidas nessa produção está Colin Clark (Eddie Redmayne), um rapaz que fugiu das tradições de sua família para seguir os seus sonhos e fazer parte da equipe do prestigiado cineasta Laurence Olivier (Kenneth Branagh). Mas ao longo das filmagens, Marilyn, através de todo o seu chame, faz com que ele se apaixone por ela (algo que acontecia com praticamente todos os homens da época). E será através desse romance que Colin irá amadurecer e conhecer as maneiras como o mundo age.


De uma maneira simples, fazendo apenas o necessário para a criar um cenário e um figurino que retrata-se a época, o longa nos apresenta um resultado satisfatório para o enredo. Além do mais, a atuação e caracterização dos atores é que mais importa para a produção. E são esses dois quesitos onde o filme mostra toda a sua excelência. A interpretações Michelle Williams (a mesma de “A Ilha do Medo” e “O Segredo de Brockeback Mountain”) é muito elogiável. Ela conseguiu transpor todo o charme, glamour e sexualidade de Marilyn Monroe. Com toda a certeza, a indicação ao Oscar de Melhor Atriz foi mais que merecida. Porém, na minha opinião, quem rouba a cena é Kenneth Branagh (o mesmo de “Hamelet” e “Operção Valquíria”) que, de uma maneira magistral, faz o tipo diretor de cinema estressado, sem nenhuma paciência para as manias da senhorita Monroe.


Seu formato suave e leve (iguais aos trejeitos de Marilyn) conseguirão atrair até mesmo as pessoas que não são muito interessadas no tema. Porém, acho que o longa não fará um mega sucesso aqui no Brasil. Provavelmente ele irá atrair os fãs da lendária atriz e algumas pessoas que gostam de filmes de drama. Contudo, quem o assistir, irão encontrar uma reflexão interessante que mostra como nós, homens, nos entregamos fáceis a um olhar, um sorriso e, principalmente, a uma rebolada.

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