domingo, 18 de agosto de 2013

Agora Só Resta Chocolate

A festa gaúcha do cinema chega ao fim. Foram vários filmes, muito chocolate, e chimarrão por uma semana. Mas agora chega a vez da verdadeira estrela da noite. Que não é nem estrela, é sol. O Kikito, prêmio dado aos vencedores do festival. Dessa vez a disputa por ele acontece em 3 categorias: curta nacional, longa estrangeiro e longa nacional.            


Os primeiros convidados a subir no palco vieram direto da Sbornia. Foram os músicos Kraunus e Pletskaya, do longa animado gaúcho Até que a Sbornia nos separe (que só levou melhor direção de arte) para cantar a "Aquarela da Sbornia". No intervalo entre premiações eles voltaram ao palco para cantar epitáfio e depois e depois uma versão bem onomatopeica de white christmas em homenagem ao natal luz, comemoração típica da cidade.



O primeiro prêmio foi dado ao curta Tomou Café e Esperou de Emiliano Cunha por melhor desenho de som. Ele também havia ganhado o mesmo premio na seleção dos curtas gaúchos. E logo seguiu a premiação dos melhores curtas brasileiros.

 

Quem fez a festa na premiação de curtas gaúchos foi O Matador de Bagé. Essa noite a realidade não foi a mesma. A obra não foi agraciada com nenhum Kikito no circuito nacional. Em vez disso, quem tomou conta da primeira parte da cerimônia foi Acalanto de Artur Saboya. Além de levar os dois principais prêmios da categoria (melhor diretor e melhor filme) também arrecadou melhor atriz para Léa Garcia, melhor direção de arte e melhor trilha musical. O curta também levou a estátua de melhor filme pelo júri popular.


Outro curta metragem que fez bonito na noite foi o bonitinho A Navalha do Avô, de Pedro Jorge. O filme que conta o definhamento de um velho pela ótica de seu neto conseguiu levar os prêmios de melhor roteiro, melhor ator (Kaue Telloli), além do prêmio Canal Brasil.


Logo em seguida, foi a vez dos filmes estrangeiros. Que veio com uma surpresa: Cazando Lucianergas. O Longa colombiano surpreendentemente agariou quatro dos oito prêmios da categoria. Eles foram: melhor fotografia, melhor roteiro, melhor atriz (pela mirim Valentina Abril) e melhor direção (Roberto Flores Prieto). Só o melhor filme que foi pra outro. Nesse caso, o documentário Repare bem da portuguesa Maria de Medeiros que fala sobre as ditaduras na America Latina.

Entre outros vencedores, vale mencionar a coprodução braso-argentina A Oeste do Fim do Mundo, do brasileiro Paulo Nascimento. Além do prêmio do júri popular ele também levou melhor atuação para César Troncoso.


Como era de se esperar, as previsões de todo mundo se fez real: Tatuagem fez a rapa. Mais um longa pernambucano fazendo bonito no festival, seguindo a tradição que começou ano passado com O Som ao Redor que ganhou o júri popular ano passado. Dessa vez, o longa de Hilton Lacerda foi eleito o melhor filme do festival, além de melhor ator com Irandir Santos e melhor trilha sonora musical do DJ Dolores (provavelmente pela música do "tem cú"). Logo o primeiro prêmio veio do júri da critica. Que também premiou Os Filmes Estão Vivos e Repare Bem.


Mas a surpresa da noite não foi o tatuagem. Foi o paulista a bruta flor do querer. O longa dos bróderes paulistas Andradina Azevedo e Dida Andrade chamaram a atenção por levar o Kikito de melhor fotografia e melhor direção por A Bruta Flor do Querer. No juri popular a escolha foi um empate entre Até Que a Sbornia Nos Separe e A Coleção Invisível, cujos atores coadjuvantes Walmor Chagas e Clarisse Abujanra também levaram Kikitos. No prêmio especial do júri quem foi agraciado foi o doc Revelando Sebastião Salgado de Betse de Paula.

Confira aqui a lista completa dos vencedores:


CURTA-METRAGEM


Melhor Filme
“Acalanto”

Melhor Diretor
Arturo Sabóia, por “Acalanto”

Melhor Ator
Kauê Telloli, por “A Navalha do Avô”

Melhor Atriz
Léa Garcia, por “Acalanto”

Melhor Roteiro
Francine Barbosa e Pedro Jorge, por “A Navalha do Avô”

Melhor Fotografia
Ale Sameri, por “Arapuca”

Melhor Montagem
Gilberto Scarpa e Vinícius Gotardelo, por “Merda”

Melhor Trilha Musical
Luis Olivieri, por “Acalanto”

Melhor Direção de Arte
Rogério Tavares, por “Acalanto”

Melhor Desenho de Som
Tiago Bela, Rita Zarti, Marcelo Lopes da Silva, por “Tomou Café e Esperou” 

Prêmio Especial do Júri
“Os Filmes Estão Vivos”

Menção Honrosa
“Carregadores de Monte”

Prêmio Canal Brasil
"A Navalha do Avô", de Pedro Jorge

Prêmio Dom Quixote
"Repare Bem", de Maria de Medeiros

Menção Honrosa
"A Oeste do Fim do Mundo", de Paulo Nascimento, e "Venimos de Muy Lejos", de Ricardo Piterbarg


Júri da Crítica


Melhor Curta-metragem
"Os Filmes Estão Vivos", de Fabiano de Souza e Milton do Prado

Melhor Longa-metragem estrangeiro
"Repare Bem", de Maria de Medeiros

Melhor longa-metragem brasileiro
"Tatuagem", Hilton Lacerda


LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO


Melhor Filme
“Repare Bem”, de Maria de Medeiros

Melhor Diretor
Roberto Flores Prieto, por “Cazando Luciérnagas”

Melhor Ator
Cesar Troncoso, por “A Oeste do Fim do Mundo”

Melhor Atriz
Valentina Abril, por “Cazando Luciérnagas”

Melhor Roteiro
Cesar Franco Esguerra, por “Cazando Luciérnagas”

Melhor Fotografia
Eduardo Ramirez Gonzalez, por “Cazando Luciérnagas”

Prêmio Especial do Júri
Grupo de Teatro Comunitário Catalinas Sur em “Venimos de Muy Lejos”


LONGA-METRAGEM NACIONAL


Melhor Filme
“Tatuagem”

Melhor Diretor
Andradina Azevedo e Dida Andrade, por “A Bruta Flor do Querer”

Melhor Ator
Irandhir Santos, por “Tatuagem”

Melhor Atriz
Leandra Leal, por “Éden”

Melhor Roteiro
Domingos Oliveira, por “Primeiro Dia de Um Ano Qualquer”

Melhor Fotografia
Gallo Rivas, por “A Bruta Flor do Querer”

Melhor Montagem
Karim Harley, por “Os Amigos”

Melhor Trilha Musical
Dj. Dolores, por “Tatuagem”

Melhor Direção de Arte
Eloar Guazelli e Pilar Prado, “Até Que A Sbórnia Nos Separe”

Melhor Desenho de Som
Edson Secco, por “Éden”

Melhor Ator Coadjuvante
Walmor Chagas, por “A Coleção Invisível”

Melhor Atriz Coadjuvante
Clarisse Abujamra, por “A Coleção Invisível”

Prêmio Especial do Júri
“Revelando Sebastião Salgado”
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