Toda vez que fazem um filme autobiográfico parece que alguém vai se revirar no túmulo. Dessa vez parece que foi a vez de Elizabeth Bishop e Lota de Machado de se revirarem juntas, mas separadas. Flores Raras (Brasil, 2013) quer ser uma produção cosmopolita que quer falar sobre um triangulo amoroso lésbico, as intrigas políticas de um Brasil pré-golpe e contar paralelamente a vida da poeta e da arquiteta.
O que acontece é que os jacintos acabam crescendo nas rachaduras de tudo que ele se propõe. Com tanta coisa acontecendo, fica difícil de saber do que Flores Raras, de fato, quer tratar. O nosso interesse em qualquer um dos temas acaba se perdendo no malabarismo desconexo de cenas que, em última instância, parecem desconexas da que as precede e da que as sucede.
O resultado é um filme preguiçoso e indulgente. Uma grande produção nacional que não se supera em nada e só consegue ser tão boa quanto o seu orçamento permite. Fotografia e direção de arte estão bem interessantes, conseguem ser inovadoras mesmo tendo que retratar uma época antiga. Só que, se tratando de mise-en-scene e roteiro ele cai nos erros de qualquer filminho mais-ou-menos: set-up desinteressante e personagens pouco definidos.
Nunca foi uma regra que o filme que vai abrir um festival tinha que ser bom, prova disso foi a abertura do Festival de Gramado desse ano. Por falar nisso, uma fato que precisa ser mencionado, é que a atriz que ganhou o Prêmio Oscarito pelo conjunto de sua obra, Glória Pires, está em um dos piores papéis de sua carreira. Não sei se é pelo inglês extremamente sofrido que ela tem que falar quase o filme inteiro, mas ela está horrível! Felizmente ela é só coadjuvante para a sua colega americana.
Flores Raras não é a pior coisa do mundo, ele até consegue pegar um pique nos últimos minutos. Acontece que ele não consegue ficar muito acima da linha do medíocre. Seria muito melhor se ele, em vez de tentar fazer várias coisas ao mesmo tempo, se focasse em um dos seus núcleos e conseguisse entregar uma história completa.

O que acontece é que os jacintos acabam crescendo nas rachaduras de tudo que ele se propõe. Com tanta coisa acontecendo, fica difícil de saber do que Flores Raras, de fato, quer tratar. O nosso interesse em qualquer um dos temas acaba se perdendo no malabarismo desconexo de cenas que, em última instância, parecem desconexas da que as precede e da que as sucede.
O resultado é um filme preguiçoso e indulgente. Uma grande produção nacional que não se supera em nada e só consegue ser tão boa quanto o seu orçamento permite. Fotografia e direção de arte estão bem interessantes, conseguem ser inovadoras mesmo tendo que retratar uma época antiga. Só que, se tratando de mise-en-scene e roteiro ele cai nos erros de qualquer filminho mais-ou-menos: set-up desinteressante e personagens pouco definidos.
Nunca foi uma regra que o filme que vai abrir um festival tinha que ser bom, prova disso foi a abertura do Festival de Gramado desse ano. Por falar nisso, uma fato que precisa ser mencionado, é que a atriz que ganhou o Prêmio Oscarito pelo conjunto de sua obra, Glória Pires, está em um dos piores papéis de sua carreira. Não sei se é pelo inglês extremamente sofrido que ela tem que falar quase o filme inteiro, mas ela está horrível! Felizmente ela é só coadjuvante para a sua colega americana.
Flores Raras não é a pior coisa do mundo, ele até consegue pegar um pique nos últimos minutos. Acontece que ele não consegue ficar muito acima da linha do medíocre. Seria muito melhor se ele, em vez de tentar fazer várias coisas ao mesmo tempo, se focasse em um dos seus núcleos e conseguisse entregar uma história completa.
