É verdade que as narrativas representativas industriais (ou N.R.I.) passaram por um boom qualitativo nos últimos dez anos pra cá. Hollywood estar aprendendo com a sua concorrência ideológica só faz piorar o fato de que o cinema não representativo está passando por maus bocados. Camille Claudel, 1915 ("Camille Claudel, 1915" França, 2013) é um microcosmo de tudo que já de errado com o cinema autoral que está sendo produzido ao redor do mundo.
Uma infeliz continuação do filme de 1988 com Gerard Depardieu, pelo menos só em termos cronológicos. Dessa vez a obra só se concentra na época em que a artista passou confinada no manicômio. O resto - e a parte mais interessante - da história da escultora que foi irmã de Paul Claudel e assistente/amante/pessoa que fazia todas as artes de Rodin é contada em uma quantidade indecente de intertítulos.
O resto da história é apenas a espera da mulher pela visita do seu irmão no sanatório. É uma antiplot, em que a monotonia e a repetição não fazem nada para ajudar ela. A direção insiste em ser lenta e parada. Mais de uma vez, nos encontramos em planos longos e fechados que só ajudam a excelente atuação de Juliette Binoche em monólogos extremamente densos.
No mais, o maior problema do filme é que ele é insistente em si mesmo. Ficou uma coisa parada e dura que não favorece a narrativa ou a mise en scene. Parece que o cinema hollywoodiano mostrou uma capacidade de aprender com o cinema autoral do mundo. Agora está na hora do cinema não representativo mostrar sua capacidade de aprender e evoluir.

Uma infeliz continuação do filme de 1988 com Gerard Depardieu, pelo menos só em termos cronológicos. Dessa vez a obra só se concentra na época em que a artista passou confinada no manicômio. O resto - e a parte mais interessante - da história da escultora que foi irmã de Paul Claudel e assistente/amante/pessoa que fazia todas as artes de Rodin é contada em uma quantidade indecente de intertítulos.
O resto da história é apenas a espera da mulher pela visita do seu irmão no sanatório. É uma antiplot, em que a monotonia e a repetição não fazem nada para ajudar ela. A direção insiste em ser lenta e parada. Mais de uma vez, nos encontramos em planos longos e fechados que só ajudam a excelente atuação de Juliette Binoche em monólogos extremamente densos.
No mais, o maior problema do filme é que ele é insistente em si mesmo. Ficou uma coisa parada e dura que não favorece a narrativa ou a mise en scene. Parece que o cinema hollywoodiano mostrou uma capacidade de aprender com o cinema autoral do mundo. Agora está na hora do cinema não representativo mostrar sua capacidade de aprender e evoluir.
