O primeiro "Transformers" era um filme divertido que continha ação, aventura, comédia e uma Megan Fox devidamente escalada para o papel de gostosa. O diretor Michael Bay parecer ter noção de que um filme sobre carros que se transformam em monstros de aço, definitivamente, não é sério. Parece que faltou um pouco dessa descontração em Guilherme Del Toro nesse Círculo de Fogo ("Pacific Rim", EUA, 2013), um filme caro (e pretensioso) que se acha grande coisa. E não é.
O filme, que custou salgados 200 milhões de dólares, é apenas um desfile de efeitos especiais e pirotecnia hollywoodiana. Um show de explosões e intermináveis cenas de luta. Se esperava mais do homem que nos brindou com a maturidade e simplicidade exótica de O Labirinto do Fauno, uma das maiores obras primas do cinema mexicano.
Círculo de Fogo possui um fiapo de roteiro, personagens desinteressantes e uma parte cômica fraca. O filme é um erro atrás do outro. Se temos que elogiar alguém, que sejam os técnicos e computadores de alta tecnologia que conseguiram realizar os ótimos efeitos especiais. Fora isso, nada salva. É sempre bom lembrar que a alma de um filme está em sua história. Vamos investir mais em um bom roteiro? Até os Megazords de "Power Rangers" eram mais simples e mais fascinantes.
