É claro que sempre depois da Sbornia vem a ressaca. E não existe ressaca maior que a de primeiro de janeiro. Em Primeiro Dia de Um Ano Qualquer (Brasil, 2012) o dramaturgo Domingues de Oliveira aproveita essa ressaca moral para discutir sobre a Vida, o Universo, e Tudo Mais!
Com um elenco enorme encabeçado por Maitê Proença, o filme se passa ao longo primeiro de 365 dias de uma família de classe alta do Rio de Janeiro. Com muito bafafá, sem vergonhice e tramoias, alguns plots morrem cedo, outros perduram, mas todos tentam ser alguma coisa. Nem todos conseguem, alguns ficam só no humorzinho bem do barato, e os que superam isso, acabam ficando só na reflexão medíocre.
A direção de Domingos fica no Woody Allenismo com algumas narrações à lá Truffaut. A presença do diretor americano é gritante, até a premissa parece ter sido cunhada por ele. A forma mambembe de fazer cinema também é comum dos dois. O que não afeta a fotografia, só o roteiro e direção. Bem dizer a verdade, não é que a qualidade seja ruim, só é tosqueira demais para tentar se passar por genial.
Como o diretor é consagrado no teatro, isso fica bem marcado na sua direção de cena. A dúvida de se esse texto seria bem melhor aproveitado em um palco é constante. Mesmo os diálogos, que são marca registrada de Domingos, ficaram um pouquinho forçados. Fatalmente, são vários esquetes que acontecem ao longo do dia, e essa é a melhor forma de pensar esse filme para ele não ficar chato. Ainda assim, existem alguns momentos de extremo “nada acontecendo”.
Não é que seja um filme ruim, só não é um filme ótimo. O maior mérito dele é talvez ser um filme bem intencionado. São poucas pessoas que ousam ser tão otimista como o dramaturgo, principalmente nos dias de hoje. O problema é que ele tem uma cara muito pré retomada.

Com um elenco enorme encabeçado por Maitê Proença, o filme se passa ao longo primeiro de 365 dias de uma família de classe alta do Rio de Janeiro. Com muito bafafá, sem vergonhice e tramoias, alguns plots morrem cedo, outros perduram, mas todos tentam ser alguma coisa. Nem todos conseguem, alguns ficam só no humorzinho bem do barato, e os que superam isso, acabam ficando só na reflexão medíocre.
A direção de Domingos fica no Woody Allenismo com algumas narrações à lá Truffaut. A presença do diretor americano é gritante, até a premissa parece ter sido cunhada por ele. A forma mambembe de fazer cinema também é comum dos dois. O que não afeta a fotografia, só o roteiro e direção. Bem dizer a verdade, não é que a qualidade seja ruim, só é tosqueira demais para tentar se passar por genial.
Não é que seja um filme ruim, só não é um filme ótimo. O maior mérito dele é talvez ser um filme bem intencionado. São poucas pessoas que ousam ser tão otimista como o dramaturgo, principalmente nos dias de hoje. O problema é que ele tem uma cara muito pré retomada.
