Os homens latinos de hoje estão muito introspectivos. Todos precisando de uma figura feminina que tirem nos das apatias. O que aconteceu a oeste do fim do mundo se repete em Cazando Luciernagas (Colombia, 2013). Um filme bonitinho, com muito coração, mas que acaba sendo prejudicado pela semelhança com o argentino.
Comparações entre os dois filmes é inevitável. Principalmente já que os dois passaram em dias seguidos no festival de Gramado. São ambos contemplativos, exploram a solidão, e conseguem enxergar a mesma luz no fim do túnel com a mesma correção. De certa forma, isso é bom. Nas próprias palavras do roteirista Carlos Franco: “É bom ver que os narradores latinoamericanos estão em sincronia.” Traduzindo: melhor ver dois roteiros bons do que dois roteiros ruins.
Mesmo assim, A Oeste do Fim do Mundo é um pouco melhor. A sensação de mais coisa acontecendo além da maior pluralidade de elementos impedem que o filme fique estagnado, Cazando Luciernagas, sinto muito. Além disso, a direção acaba soando muito circunstancial. Do tipo: “do jeito que for ta bom.” O que fica mais transparente na hora do jogo de baseball e de dirigir a cachorra (o animal, tá, gente) que nem sempre pareceu obedecer. Ainda assim, o diretor é só elogios para falar da atriz canina: “Podia ser de dia ou de madrugada, ela sempre fazia o que pedia e não precisava repetir. Ela é o ator perfeito! Desculpa, Marlon.” Brinca com o ator colombiano que teve que contracenar com a quadrupede.
No que o filme perde em comparação, ele ganha com suas particularidades. A Fotografia é belíssima, até vagalumes aparece para encher o quadro em um dos momentos mais ternos do filme. A maior diferença entre os dois é a escolha de uma filha a um caso sexual. Ótima escolha! O uso do amor carnal é excessivamente utilizado nos dias de hoje, um amor paternal traz algo mais bonitinho. Outros elementos, como a revista em quadrinho ou o radialista piadista chato, soam um pouco infantis, mas com o tempo você se acostuma.
Fatalmente, a comparação entre os dois se resume a uma produção grande versus uma produção menor. Dessa vez não puderam construir um posto de gasolina no meio do deserto, mas ainda é uma história muito boa e muito bem contada. Sem falar que, se você não chegou a ver a coprodução Brasil/Argentina, começar pelo colombiano deve faze-lo crescer muito no conceito.

Comparações entre os dois filmes é inevitável. Principalmente já que os dois passaram em dias seguidos no festival de Gramado. São ambos contemplativos, exploram a solidão, e conseguem enxergar a mesma luz no fim do túnel com a mesma correção. De certa forma, isso é bom. Nas próprias palavras do roteirista Carlos Franco: “É bom ver que os narradores latinoamericanos estão em sincronia.” Traduzindo: melhor ver dois roteiros bons do que dois roteiros ruins.
Mesmo assim, A Oeste do Fim do Mundo é um pouco melhor. A sensação de mais coisa acontecendo além da maior pluralidade de elementos impedem que o filme fique estagnado, Cazando Luciernagas, sinto muito. Além disso, a direção acaba soando muito circunstancial. Do tipo: “do jeito que for ta bom.” O que fica mais transparente na hora do jogo de baseball e de dirigir a cachorra (o animal, tá, gente) que nem sempre pareceu obedecer. Ainda assim, o diretor é só elogios para falar da atriz canina: “Podia ser de dia ou de madrugada, ela sempre fazia o que pedia e não precisava repetir. Ela é o ator perfeito! Desculpa, Marlon.” Brinca com o ator colombiano que teve que contracenar com a quadrupede.
No que o filme perde em comparação, ele ganha com suas particularidades. A Fotografia é belíssima, até vagalumes aparece para encher o quadro em um dos momentos mais ternos do filme. A maior diferença entre os dois é a escolha de uma filha a um caso sexual. Ótima escolha! O uso do amor carnal é excessivamente utilizado nos dias de hoje, um amor paternal traz algo mais bonitinho. Outros elementos, como a revista em quadrinho ou o radialista piadista chato, soam um pouco infantis, mas com o tempo você se acostuma.
Fatalmente, a comparação entre os dois se resume a uma produção grande versus uma produção menor. Dessa vez não puderam construir um posto de gasolina no meio do deserto, mas ainda é uma história muito boa e muito bem contada. Sem falar que, se você não chegou a ver a coprodução Brasil/Argentina, começar pelo colombiano deve faze-lo crescer muito no conceito.
