Venimos de Muy Lejos (Argentina, 2012) vai te assustar, não importa quantos filmes bizarros você tenha visto antes. Ele bebe de várias fontes diferentes: Documentário? Ficção? Metafilme? Fantoches? O resultado disso é um pastiche inusitado que consegue ficar no lado bom da coisa. Muito provavelmente você vai sair dele com a mesma reação que eu tive: “Que filme louco, meu!”
Uma trupe de teatro de Catalina Sur se reúne todo o ano para contar a história da imigração naquela região da argentina. Depois de um tempo eles resolvem transcrever essa peça para a tela de prata. Uma espécie de mockumentary-só-que-não com teatro em revista que se foca em um cortiço, que mais parece a Vila do “Chavez”. O filme também aproveita - e por que não? - para questionar o eterno fazer do cinema.
Tem tanta coisa acontecendo na telona que é mais que comum nos perguntarmos o que estamos assistindo, ou então um simples “wtf?!” As secções de documentário e de metafilme não funcionam muito bem. O filme está em seu melhor quando segue o seu neurótico retalho de narrativas. Mesmo elas, que podem até ter seu charme, não são lá muito cativantes. No geral, falta-o um senso maior de progressão.
O que fica do filme mesmo é a loucura. Bom ou não, é uma experiência que todo mundo gostou de ter passado. Cineastas podem aprender muito com ele. É bom ver um filme que não deseja ser levado muito a sério, desse jeito ele consegue arrancar algumas risadas.

Uma trupe de teatro de Catalina Sur se reúne todo o ano para contar a história da imigração naquela região da argentina. Depois de um tempo eles resolvem transcrever essa peça para a tela de prata. Uma espécie de mockumentary-só-que-não com teatro em revista que se foca em um cortiço, que mais parece a Vila do “Chavez”. O filme também aproveita - e por que não? - para questionar o eterno fazer do cinema.
