Os tempos não estão fáceis para ninguém! É só isso que se pode pensar quando o Clã Barreto tem dificuldade para achar patrocínio para o seu último filme. O longa em questão é Flores Raras (Brasil, 2013), que trata sobre a relação lésbica entre Lota de Macedo Soares e Elizabeth Bishop. Na coletiva que abriu o ciclo de entrevistas do 41º Festival de Gramado, a família falou sobre como foi o trabalho no filme que abriu o festival na noite anterior, e não deixou de mostrar sua insatisfação com a dificuldade de se fazer um filme no Brasil. Segundo as produtoras Lucy Barreto, Paula Barreto, e até pelo diretor Bruno Barreto, o problema veio das empresas de apoiarem um filme com temática homossexual.
“A gente ainda vive em um país muito conservador.” Nisso, Bruno Barreto é enfático. Muitas das empresas a que eles procuraram até demonstraram interesse em apoiar a produção, mas o incentivo nunca ia muito longe. O que levou ao ponto deles mesmo terem que financiar o filme para que ele saísse do papel. Paula Barreto até aproveita essa dificuldade para fazer uma crítica às empresas: “Nas publicidades elas até se direcionam para o público negro ou homossexual, mas na hora de apoiar um produto cultural direcionado para esses públicos eles não fazem.”
O projeto começou quando a matriarca da família, Lucy Barreto, comprou os direitos da adaptação do livro “Flores Raras e Banalíssimas” de Carmen Oliveira. Logo, a segunda pessoa a entrar foi a atriz Glória Pires. Que foi homenageada na noite passada com o prêmio Oscarito pelo conjunto da sua obra. Foi somente depois que a filha Paula Barreto entrou no projeto como produtora, e mais pra frente que o filme chamou atenção do seu diretor, o outro filho Bruno Barreto.
A estrela da noite sem dúvida foi Glória, que, além de receber o prêmio, também co-protagonizou o filme ao lado das atrizes internacionais Miranda Otto e Tracy Middendorf. A atriz confessa que nunca tinha lido um poema da Elizabeth Bishop antes, com quem sua personagem tem um caso lésbico. “Eu sempre amei poesia, mas só fui conhecer os poemas da Elizabeth Bishop quando entrei no projeto, aí eu me apaixonei. O Bruno me apresentou e eu agradeço ele por isso.” Ela também complementa que achou muito interessante fazer o papel de Lota, por ser uma mulher muito máscula que também possuía a sua fragilidade. “Ela tava lá com os peões de construção, tinha essa brodagem com eles. Mas não abria mão de sua porcelana inglesa dentro do barracão de construção.”
Outro prêmio intimamente ligado a este filme é o bolo de aniversário da LC Barreto, produtora que completa 50 anos em 2013. Em toda essa estrada, uma coisa que Lucy Barreto é categórica em afirmar é que já foi bem mais fácil de fazer cinema no Brasil. “Nos anos 70 e 80 estávamos na Era de Ouro do cinema brasileiro. Mas aí veio a Era Collor e a Era Lula e pararam de se distinguir as grandes produções das produções pequenas.”
“A gente ainda vive em um país muito conservador.” Nisso, Bruno Barreto é enfático. Muitas das empresas a que eles procuraram até demonstraram interesse em apoiar a produção, mas o incentivo nunca ia muito longe. O que levou ao ponto deles mesmo terem que financiar o filme para que ele saísse do papel. Paula Barreto até aproveita essa dificuldade para fazer uma crítica às empresas: “Nas publicidades elas até se direcionam para o público negro ou homossexual, mas na hora de apoiar um produto cultural direcionado para esses públicos eles não fazem.”
O projeto começou quando a matriarca da família, Lucy Barreto, comprou os direitos da adaptação do livro “Flores Raras e Banalíssimas” de Carmen Oliveira. Logo, a segunda pessoa a entrar foi a atriz Glória Pires. Que foi homenageada na noite passada com o prêmio Oscarito pelo conjunto da sua obra. Foi somente depois que a filha Paula Barreto entrou no projeto como produtora, e mais pra frente que o filme chamou atenção do seu diretor, o outro filho Bruno Barreto.
A estrela da noite sem dúvida foi Glória, que, além de receber o prêmio, também co-protagonizou o filme ao lado das atrizes internacionais Miranda Otto e Tracy Middendorf. A atriz confessa que nunca tinha lido um poema da Elizabeth Bishop antes, com quem sua personagem tem um caso lésbico. “Eu sempre amei poesia, mas só fui conhecer os poemas da Elizabeth Bishop quando entrei no projeto, aí eu me apaixonei. O Bruno me apresentou e eu agradeço ele por isso.” Ela também complementa que achou muito interessante fazer o papel de Lota, por ser uma mulher muito máscula que também possuía a sua fragilidade. “Ela tava lá com os peões de construção, tinha essa brodagem com eles. Mas não abria mão de sua porcelana inglesa dentro do barracão de construção.”
Outro prêmio intimamente ligado a este filme é o bolo de aniversário da LC Barreto, produtora que completa 50 anos em 2013. Em toda essa estrada, uma coisa que Lucy Barreto é categórica em afirmar é que já foi bem mais fácil de fazer cinema no Brasil. “Nos anos 70 e 80 estávamos na Era de Ouro do cinema brasileiro. Mas aí veio a Era Collor e a Era Lula e pararam de se distinguir as grandes produções das produções pequenas.”