Lançado em 1969, O Poderoso Chefão ("The Godfather") mudou a história da literatura. Escrito pelo norte-americano Mario Puzo, o livro foi a primeira obra a tratar o universo da máfia italiana na cidade de Nova York. De origem siciliana, o escritor e jornalista descreveu de forma chocante a história de Don Vito Corleone e sua família. Se hoje você conhece algo sobre a máfia, suas ligações e sua incrível rede de poder, pois bem, agradeça e venha beijar a mão do Padrinho.
O livro conta toda a história da família Corleone, desde quando Vito deixa a Itália, ainda criança, até a sua morte, na procura incessante por um sucessor entre seus filhos. Além das intrigas que envolvem a família e o poder paralelo do sub-mundo da máfia, a obra mostra que quem está no poder também corre perigo, atraindo os leitores interessados em conhecer o que há de "normal" na vida dos temidos mafiosos. E esse é o maior trunfo da obra. Os personagens são tão bem desenvolvidos e carismáticos que fica completamente natural ver o Don mandar matar alguém e logo depois ir brincar com a neta ou cuidar de sua horta no quintal. Desmistificando a máfia, Puzo criou uma série de pessoas extremamente reais que, por isso, encantaram tanto os leitores e, claro, a crítica.
O livro prende de maneira espetacular. Pode até ser que algum desavisado pense "Ah, não. Livro de máfia e política. Deve ser um saco". Porém, já na primeira página o leitor é completamente envolvido e passa a se sentir mais um Corleone. Escrito de maneira não-linear, o enredo vai conduzindo aos pouquinhos o leitor pela vida família e, ao se dar conta, praticamente já tem sangue italiano e não pode mais parar de ler até acabar a história.
