sexta-feira, 2 de março de 2012

Muito Barulho Por Quase Nada

Ryan Gosling estrela um filme de ação com tantos altos e baixos como as ladeiras e obstáculos que o protagonista tem que enfrentar em sua jornada. Drive (EUA, 2011) consegue ter uma cena inicial fantástica, morrer no meio da história, recuperar o fôlego para, lá no final, terminar de um jeito tão seco que as luzes do cinema vão se acender e você vai ficar pensando "Acabou??". Pena que isso fez o filme ficar medíocre e, provavelmente, nem uma indicação ao Oscar irá livrá-lo do esquecimento.


O filme conta a história de um dublê e mecânico que, de vez em quando, faz trabalhos como motorista de fuga. Mas um dia ele decide ajudar Standard (Oscar Isaac), marido de sua vizinha Irene (Carey Mulligan) em um assalto e acaba se envolvendo com a máfia e sendo perseguido.


Apesar de um roteiro que parece ter sido feito às pressas, o maior problema talvez seja mesmo seu protagonista. O eterno galã de "Diário de uma Paixão" tem uma atuação tão insossa e sem expressão que poderia dar as mãos para o Nicolas Cage, outro que faz sempre a mesma cara, não importando a profundidade da cena. Eles precisam aprender que só mesmo o pistoleiro sem nome, do eterno Clint Eastwood, que pode se dar ao luxo de fazer um filme inteiro sem expressão nenhuma. Isso é para poucos.


O filme vale apenas pelas suas cenas de ação. Fugindo das usuais explosões e capotagens, o filme recebeu uma merecida indicação ao Oscar de Melhor Edição de Som. Mas esse é o único mérito do filme. Quem quiser uma história algo a mais, vai precisar escolher outra sala.

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