Histeria (“Hysteria”, EUA, 2012) não é o típico filme de época. O primeiro detalhe diferencial é o tom de comédia não tão comum nesse tipo de filme, que geralmente fala sobre dramas históricos ou romances água com açúcar. Bom, esses dois fatores ainda estão presentes, mas transmitidos de uma forma muito mais leve. O segundo; nada daquele ar pomposo e formal nas atuações. Os atores parecem o tempo todo que estão brincando de atuar da forma padrão. Isso sendo um ponto negativo ou não, transforma os personagens um pouco mais atuais. O terceiro e mais importante detalhe: vibradores.
O filme começa com a seguinte frase “Este filme é baseado em fatos reais. Sério.” É sempre bom deixar claro pro público essa informação porque o que vem em seguida é algo quase surreal de tão... estranho. Mortiner Granville(Hugh Dancy) é um jovem médico do século XIX que não concorda com a medicina rústica da época e por isso é demitido de uma centena de empregos. Acaba indo parar no consultório do Dr. Robert Dalrymple(Jonathan Pryce) que cuida de mulheres diagnosticadas com histeria. O tratamento? Bem... Masturbação. Nosso protagonista conquista a confiança do médico e põe a mão na “massa”. Após um tempo no trabalho, Mortimer começa a sofrer de lesões por esforço repetitivo(pois é, vida dura) e seu desempenho cai. Após ser demitido mais uma vez, vai atrás de seu amigo cientista e os dois acabam criando, acidentalmente, o que atualmente é conhecido como vibrador, a solução dos problemas de histeria. Por trás disso tudo, rola um romancezinho de Mortimer com as filhas do Dr. Dalrymple, a revolucionária e mente aberta Charlotte Dalrymple (Maggie Gyllenhaal) e a bonequinha de porcelana Emily Dalrymple (Felicity Jones).
Em termos técnicos o filme é bem feito. Figurino e direção de arte decentes. Fotografia normal. O que realmente chama a atenção, e pro lado negativo, é as atuações um tanto forçadas. Algumas cenas parecem até inacreditáveis, como uma cantora de ópera cantado enquanto tem um orgasmo. E o filme parece se dividir em duas partes. A primeira trata mais do universo da histeria e as piadinhas feitas no consultório. A segunda parte foca totalmente no romance do protagonista e da revolucionária, deixando a criação do vibrador como pano de fundo. Apesar desses pontos negativos, Histeria é uma história vibrante. OK. Nem tanto.
Contar como surgiu o vibrador não se trata de apenas uma curiosidade transformada em filme. Atrás desse acontecimento vem toda uma história sobre a emancipação feminina e a crítica da medicina da época onde todas as mulheres eram erroneamente diagnosticadas com histeria. A personagem de Maggie Gyllenhaal é a típica mulher revolucionária da época muito a frente de seu tempo. Aos poucos os mitos da mulher submissa se quebra na tela e mostra todos os males que uma sociedade machista e repressora pode causar. O vibrador, um aparelho mais aceito hoje em dia, representou toda uma mudança de pensamentos naquela época. O mito da histeria foi quebrado e nos faz pensar se muitas das “doenças” de hoje em dia não são meras “invenções”. Todos sofrem de déficit de atenção, ansiedade, timidez e etc. E se isso for os efeitos colaterais da sociedade em que vivemos? Precisamos do vibrador do nosso tempo, seja lá o que isso for.
O filme começa com a seguinte frase “Este filme é baseado em fatos reais. Sério.” É sempre bom deixar claro pro público essa informação porque o que vem em seguida é algo quase surreal de tão... estranho. Mortiner Granville(Hugh Dancy) é um jovem médico do século XIX que não concorda com a medicina rústica da época e por isso é demitido de uma centena de empregos. Acaba indo parar no consultório do Dr. Robert Dalrymple(Jonathan Pryce) que cuida de mulheres diagnosticadas com histeria. O tratamento? Bem... Masturbação. Nosso protagonista conquista a confiança do médico e põe a mão na “massa”. Após um tempo no trabalho, Mortimer começa a sofrer de lesões por esforço repetitivo(pois é, vida dura) e seu desempenho cai. Após ser demitido mais uma vez, vai atrás de seu amigo cientista e os dois acabam criando, acidentalmente, o que atualmente é conhecido como vibrador, a solução dos problemas de histeria. Por trás disso tudo, rola um romancezinho de Mortimer com as filhas do Dr. Dalrymple, a revolucionária e mente aberta Charlotte Dalrymple (Maggie Gyllenhaal) e a bonequinha de porcelana Emily Dalrymple (Felicity Jones).
Em termos técnicos o filme é bem feito. Figurino e direção de arte decentes. Fotografia normal. O que realmente chama a atenção, e pro lado negativo, é as atuações um tanto forçadas. Algumas cenas parecem até inacreditáveis, como uma cantora de ópera cantado enquanto tem um orgasmo. E o filme parece se dividir em duas partes. A primeira trata mais do universo da histeria e as piadinhas feitas no consultório. A segunda parte foca totalmente no romance do protagonista e da revolucionária, deixando a criação do vibrador como pano de fundo. Apesar desses pontos negativos, Histeria é uma história vibrante. OK. Nem tanto.
Contar como surgiu o vibrador não se trata de apenas uma curiosidade transformada em filme. Atrás desse acontecimento vem toda uma história sobre a emancipação feminina e a crítica da medicina da época onde todas as mulheres eram erroneamente diagnosticadas com histeria. A personagem de Maggie Gyllenhaal é a típica mulher revolucionária da época muito a frente de seu tempo. Aos poucos os mitos da mulher submissa se quebra na tela e mostra todos os males que uma sociedade machista e repressora pode causar. O vibrador, um aparelho mais aceito hoje em dia, representou toda uma mudança de pensamentos naquela época. O mito da histeria foi quebrado e nos faz pensar se muitas das “doenças” de hoje em dia não são meras “invenções”. Todos sofrem de déficit de atenção, ansiedade, timidez e etc. E se isso for os efeitos colaterais da sociedade em que vivemos? Precisamos do vibrador do nosso tempo, seja lá o que isso for.
