Quem nunca entrou de penetra num aniversário de 15 anos não sabe o que é aventura. Tá, tudo bem, eu nunca fiz isso, mas ouvi dizer que é a maior adrenalina. Seja como foi seu passado (não estamos aqui pra te julgar) você provavelmente sabe o que é ser um penetra. Hollywood já fez alguns filmes sobre isso. O próprio James Bond, se a gente parar pra pensar, é o maior penetra da história do cinema. Você entra em festas sem ser chamado? Pff, ele entrava em países. Enfim, esse é o tema (não espionagem) do filme Os Penetras (Brasil, 2012). Você está convidado a ler o que eu achei sobre o filme.
Existe (inclusive entre alguns críticos) um certo preconceito com os longas de comédia da Globo Filmes. Tudo bem que a maioria é pastelão, mas volta e meia sai alguma coisa que agrada aos olhos. Esse é o caso. Na história (não consigo usar a palavra “trama”, pra mim é coisa de novela) acompanhamos alguns dias na vida do Mestre dos Magos da cara-de-pauzice, interpretado por Marcelo Adnet. Ele encontra, de uma forma bem aleatória, o personagem interpretado por Eduardo Sterblitch, o Freddy Mercury Prateado, e juntos eles vivem uma série se situações pra lá de esquisitas.
Não, não é pastelão. Na verdade, você nem ri durante boa parte do filme, mas a história até que agrada. E, quando você ri, ri com vontade. Algumas das situações são bem esquisitas, mas super plausíveis, o que torna o humor até melhor. O próprio Freddy Mercury Prateado dá as caras no filme, só que sem a prata. Antes do filme acabar, rola uma reflexãozinha. Ok, talvez só eu tenha pensado nisso. Mas quando terminou eu fiquei com a impressão de que os “penetras” somos eu, você, ele, o Tião da Esquina, o Manel da Padaria. Enfim, os “penetras” somos nozes.
