A história do homem mais poderoso do mundo, suas mentiras, seus relacionamentos, com direito a jornalistas e flashbacks. Não, não estamos falando de Cidadão Kane, clássico filme de 1941, dirigido por Orson Welles. Trata-se da nova obra de Clint Eastwood, J. Edgar (EUA, 2012), estrelado por Leonardo DiCaprio. A história de John Edgar Hoover, diretor do FBI por 48 anos, foi até bem representada na tela grande, mas talvez lembre demais o tal de Charles Foster Kane.
Tecnicamente, o filme é incrível. A mquiagem usada para Di Caprio interpretar J. Edgar dos 20 aos 80 anos é perfeita. Quando o ator aparece pela primeira vez em cena, na fase mais velha do personagem, o espectador fica com aquela dúvida na cabeça "Será que é? Não, não é... Não pode ser...". Mas, no fim das contas, é o Di Caprio. Maquiado. Velho. Não soa nem um pouco falso e o público fica chocado.
Outro ponto positivo do filme é o tratamento dado ao relacionamento entre Edgar e seu colega de trabalho, Clyde Tolson (Armie Hammer). Sem grandes melodramas, Clint Eastwood conseguiu achar o ponto certo para falar sobre o assunto. O relacionamento só é mostrado às claras depois que todos os espectadores já deduziram, sozinhos, o que havia entre os dois. Além disso, Di Caprio não interpretou um gay caricaturado e estereotipado. O ator conseguiu passar os dramas do chefão do FBI de maneira delicada e muito crível.
Agora, o filme é muito cansativo. Usando como artifício o clássico "Estou velho e quero contar a minha história", o filme explica como Edgar entrou no FBI, como foi subindo de cargo, como ele tentou namorar uma mulher, como ele conhece Tolson, como ele foi implementando a ciência nas investigações, como... Ah, o filme fala de tanta coisa que as 2h20m parecem 4h30m. Apesar do roteiro ser muito bem trabalhado, é possível que no meio do caminho você encontre aquela pedra, tropece e se perca. O que é uma pena, tratando-se de Eastwood. O Sr. Kane jamais deixaria isso acontecer.
Tecnicamente, o filme é incrível. A mquiagem usada para Di Caprio interpretar J. Edgar dos 20 aos 80 anos é perfeita. Quando o ator aparece pela primeira vez em cena, na fase mais velha do personagem, o espectador fica com aquela dúvida na cabeça "Será que é? Não, não é... Não pode ser...". Mas, no fim das contas, é o Di Caprio. Maquiado. Velho. Não soa nem um pouco falso e o público fica chocado.
Outro ponto positivo do filme é o tratamento dado ao relacionamento entre Edgar e seu colega de trabalho, Clyde Tolson (Armie Hammer). Sem grandes melodramas, Clint Eastwood conseguiu achar o ponto certo para falar sobre o assunto. O relacionamento só é mostrado às claras depois que todos os espectadores já deduziram, sozinhos, o que havia entre os dois. Além disso, Di Caprio não interpretou um gay caricaturado e estereotipado. O ator conseguiu passar os dramas do chefão do FBI de maneira delicada e muito crível.
Agora, o filme é muito cansativo. Usando como artifício o clássico "Estou velho e quero contar a minha história", o filme explica como Edgar entrou no FBI, como foi subindo de cargo, como ele tentou namorar uma mulher, como ele conhece Tolson, como ele foi implementando a ciência nas investigações, como... Ah, o filme fala de tanta coisa que as 2h20m parecem 4h30m. Apesar do roteiro ser muito bem trabalhado, é possível que no meio do caminho você encontre aquela pedra, tropece e se perca. O que é uma pena, tratando-se de Eastwood. O Sr. Kane jamais deixaria isso acontecer.
