
Sabe aqueles filmes para adolescentes com trama previsível que faz sucesso comercial porque tem um ídolo musical "teen" protagonizando? Isso também acontece lá do outro lado do mundo. Moon Child (Japão 2003) coloca o cantor de J-Pop, Gackt, num filme de ação genérico.
No ano de 2014, o Japão entrou em colapso econômico e, portanto, sua população emigrou em grande número para outras partes do mundo.Em um canto da Ásia, há uma pequena rua chamada Mallepa onde várias etnias asiáticas moram. Foi lá onde Shou (Gackt), criado como órfão e Kei (Hyde) se conheceram e viraram melhores amigos. Shou só não sabia que Kei era um vampiro, e nem que anos mais tarde ambos se tornariam ladrões.
Duas coisas salvam este filme: as cenas de ação e o carisma dos personagens, pois a trama é fraca e um pouco confusa com tantas passagens de tempo e pessoas falando em línguas diferentes. Pelo menos há uma mensagem bonita sobre o valor da amizade e companheirismo.
Falando nisso, muitos atribuirão a amizade dos protagonistas a um sutil subtexto homoerótico, despertando inúmeras discussões entre os fãs do ídolo teen. Fontes confiáveis disseram que mangás com histórias de amor entre meninos são populares entre as garotas japonesas, talvez justificando esses elementos subtextuais.
Moon Child não chega a ser ruim. A interpretação dos atores é notável e esforçada, e as cenas de luta são estilosas com direito a poses e "quilos" de disparos. Gackt e Hyde cantam a música tema do filme, muito popular entre os fãs do J-Pop. O final tenta ser ambíguo para dar margem a debates, mas no fundo é bastante óbvio a mensagem do roteirista e do diretor. Em suma: o típico filme para passar o tempo, apesar de não ser "nada demais".