quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Diversão em 8-bits

Depois da decepção que foi “Valente”, a Disney parecia estar em sua última vida. Mas então eis que surge Detona Ralph (“Wreck It Ralph” 2012, EUA), quase como um cheat code para recuperar a credibilidade do estúdio. O que mais chama a atenção nele são as referências que faz ao universo dos games, esquecido desde “The Wizard”. O público gamer vai comparecer em massa, nem que seja só pra ver o Bowser e o Zangief juntos.



O nosso heroi Ralph é o vilão de um arcade de 8-bits chamado Fix-it Felix Jr., uma mimesis do primeiro Donkey Kong. Cansado de ser menosprezado ele decide abandonar seu jogo e tentar a sorte em outros mundos, uma história bem padrão. Pode parecer em alguns momentos que está acontecendo muita coisa, mas o filme tem um plano pra tudo e acaba fechando direitinho. Inclusive a revelação final é realmente surpreendente. O mais legal são as referência ao mundo dos games. Das piadas ao personagens conhecidos, até o código konami faz uma aparição.


Como visual o filme é bom, o suficiente. Nada comparado com a contraparte da Pixar lançada no meio do ano, já que ele se baseia em um visual cartunesco em vez de realista, que demanda muito menos. Os cenários acabam exigindo mais variedade. Eles começam numa vila urbana, vão até um planeta haloesco e acabam estagnando em uma terra que mais parece tirade de um clipe da Katy Perry ou um episódio de Hora da Aventura. O melhor é o cuidado que eles tiveram em simular o comportamento de 8-bits. Com animações quadradonas e texturas pixeladas.


O filme merecia um sete. Os dois pontos extras vieram da animação que vem antes, que é uma das melhores da Disney. Detona Ralph é um filme divertido, que tem como forte as referências que faz ao mundo dos games. Ele é inusitado, mas consegue cativar tanto crianças quanto os mais adultos.

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