quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Épico Musical chega aos Cinemas


Em 1985, estreava em Londres o musical "Les Misérables", baseado no homônimo clássico da literatura de Victor Hugo. Desde então, o programa permanece em cartaz na capital britânica e viaja o mundo. Ele chegou a conquistar oito Tony’s, o prêmio de teatro musical da Broadway, em sua temporada americana. Além do musical, a história também aparecia nas telonas em uma versão americana em 1998 e na televisão com uma minissérie francesa em 2000. Então, finalmente, tiveram a brilhante ideia de trazer a versão musical para os cinemas e é assim que estreia nesta sexta-feira nos cinemas Os Miseráveis (“Les Misérables”, Reino Unido, 2012), de Tom Hopper, ganhador do Oscar de Melhor Diretor por “O Discurso do Rei” (Reino Unido, 2010).


O filme conta a história de Jean Valjean (Hugh Jackman), um prisioneiro injustiçado prestes a conseguir sua liberdade condicional. Devido ao seu passado, ele passa por enormes dificuldades para encontrar trabalho. Porém, por um milagre divino, ele recebe a chance de recomeçar sua vida longe da prisão e do Inspetor Javert (Russel Crowe), que o persegue. Anos se passam e Valjean acaba se envolvendo com Fantine (Anne Hathaway), cuja filha Cosette (Amanda Seyfried) ele promete tomar conta. Cosette cresce e se apaixona por Marius (Eddie Redmayne), enquanto irrompe uma revolução na capital francesa.


Não se esqueçam que esta narrativa épica é contada toda através de canções! Diferente da maioria dos filmes musicais, o diretor Tom Hopper assumiu uma abordagem própria com Os Miseráveis: em vez de os atores gravarem as canções e as dublarem durante a produção, os atores cantaram durante as filmagens, o que de acordo com eles mesmos aumentou muito sua liberdade de atuação.


E este definitivamente é um filme de atores. O filme foca no elenco impecável de grandes nomes, que parecem não ter medo de se mostrarem feios e destruídos, o que traz um enorme peso para a tela. Principalmente porque, diferente do palco, um filme traz close ups, o que aumenta muito a emoção da interpretação.


No entanto, a liberdade do ator e o apreço com a melhor atuação prejudicou a fotografia do filme, que sofre em inúmeros momentos com a falta de foco na imagem. Mesmo assim, as cenas não deixam a desejar, ilustrando lindamente a paisagem e o cenário das revoluções do início do século XIX.


Com uma história maravilhosa numa direção impecável, o filme é um épico inigualável ainda na história de musicais cinematográficos e merece ser visto por qualquer um que aprecie a sétima arte.

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