
Segundo a crença popular, bater com o
cotovelo em algum lugar é sinal de surpresa. Quanto maior for a dor melhor a
surpresa. Cresci ouvindo isso. Não sei se foi pura coincidência ou se a crença
é verdadeira, mas, nessa semana, tive uma grande surpresa cinematográfica
depois de sofrer um “acidente” doméstico com meu cotovelo. A surpresa foi o
filme Tony Manero (“Tony Manero”,
2008, Chile) de Pablo Larraín.
Não é isso o que vemos. La película es ambientada en el periodo de la Dictadura Militar de Pinochet e mostra a vida de Raul Peralta (Alfredo Castro) e seu sonho de vencer um concurso de “dublês”. Ele queria ser Tony Manero, personagem de John Travolta no filme “Sartuday Night Fever”. Deparamo-nos com um homem inescrupuloso, insensível e sem qualquer capacidade de remorso. Bem diferente do nosso “Cavaleiro da Triste Figura” como supunha.
No entanto, ele não se restringe ao Tony, quero dizer, Raul. A frase do filme “Saturday Night Fever”: “um dia, você olha o crucifixo e tudo que você vê é um homem morrendo na cruz. Mas isso é pano de fundo de outra coisa” resumo as reais intensões de Pablo Larraín. A partir dessas frases, o diretor chileno mostra as crueldades cometidas pelo regime militar. Um Chile “pesado” pelas mãos de Pinochet e a realidade clandestina.