
É estranho pensar que uma das maiores franquias cinematográficas de ficção científica dos últimos tempos começou com um filme independente. Ainda mais sabendo que esse filme custou pouco mais de seis milhões de dólares e traz como personagem título um dos maiores astros de filmes de ação de todos os tempos. Mas é aí que voltamos àquela definição de "filme independente" do primeiro texto dessa coluna e eu posso ter o prazer de trazer para nós o querido Arnold Schwarzengger em O Exterminador do Futuro ("The Terminator", EUA/Inglaterra, 1984).
Acho improvável que alguém que já tenha assistido a algum filme na televisão nunca tenha visto O Exterminador do Futuro (mesmo considerando que ultimamente a continuação seja exibida com muito mais frequência), mas mesmo assim vamos dar uma pincelada no enredo: No futuro, as máquinas se tornaram inteligentes e independentes a um nível em que começaram a considerar a humanidade uma ameaça e iniciaram uma guerra que praticamente exterminou nossa raça. No entanto, a rebelião liderada pelo corajoso John Connor começa a ameaçar os planos tirânicos da galera cibernética, fazendo com que eles enviem um andróide bombado (Schwarzenegger) numa viagem no tempo para matar a mãe do rapaz, Sarah (Linda Hamilton). Claro que a rebelião descobre os planos e John manda um de seus soldados, Kyle (Michael Biehn) seguir o mesmo caminho para salvá-la.
O filme é um marco do gênero e até hoje influencia não só uma quantidade imensa de produções com temática pós-apocalíptica mas, principalmente, dúzias de piadas mundo afora. É também o primeiro filme realmente importante na carreira de James Cameron, que viria a ser conhecido como o homem dos projetos cinematográficos exorbitantes cujos zeros não caberiam numa filha de cheque (vide "Titanic" e "Avatar"). É claro que como qualquer produção, independente ou não, O Exterminador tem seus problemas, a maioria deles na edição de som ou em erros de continuidade absolutamente hilários. Isso sem falar na cabeçona de borracha que eles usam pra falsear as entranhas robóticas do Arnoldão.
Em resumo: um filme que ninguém pode se cansar de assistir. Vou encerrar o texto de hoje pedindo desculpas por não ter publicado na semana passada e por ter atrasado o post de hoje, mas juro que a partir da semana que vem tudo volta a funcionar como uma máquina. Aliás, que tal a gente sair um pouco desse mundo "sério" e invadir um universo mais trash? O carnaval se aproxima and I'll be back, começando fevereiro com o no mínimo bizarro Rubber, de 2010.