domingo, 6 de janeiro de 2013

Dupla Dinâmica



Vou começar a coluna de hoje pedidno desculpas pela interrupção não planejada que a coluna sofreu… uma série de eventos impediu a publicação nas últimas semanas, mas cá estamos nós outra vez e com o filme prometido no último texto. Vamos ao que interessa, então?

Mais conhecidos como o casal 20 a dupla dinâmica dos filmes indies da década de 1990 (eles apareceram juntos em tantos filmes que virou piada), Matt Damon e Ben Affleck têm um grande marco em sua carreira cinematográfica conjunta que hoje, quase 15 anos após o terem alcançado, é um fato quase completamente ignorado: o Oscar de Melhor Roteiro Original por Gênio Indomável ("Good Will Hunting", EUA, 1997). Apesar de todas as brincadeiras em torno das parcerias dos dois e de Affleck ter se tornado um excelente diretor (e ator medíocre) e Damon ser hoje mais conhecido como protagonista de mil blockbusters de ação, não há quem possa dizer que não são merecidos os prêmios de roteiro que o longa dirigido por Gus van Sant levou mundo afora.


O filme conta a história do jovem William Hunting (Matt Damon), um garoto problemático, de pavio curto, que trabalha como zelador no MIT, uma das escolas de ciências exatas mais respeitadas do mundo. Quando o professor Gerald Lambeau (Stella Skasgård), um premiado matemático, propõe um desafio à sua turma de matemática avançada e ninguém consegue resolver, nosso jovem protagonista acaba revelando sua genialidade ao fazer o trabalho, de forma fracassadamente anônima, sem maiores dificuldades. É aí que o professor resolve "adotar" o geniozinho e tentar dar uma educação mais avançada a ele.


Ele acaba descobrindo, porém, que o rapaz é mais problemático do que aparenta quando ele viola os termos de sua liberdade condicional e volta para a prisão. No entanto, decidido a dar um futuro melhor a Will, o professor convoca um antigo amigo psiquiatra, o Dr. Sean Maguire (Robin Williams, que também levou um Oscar pra casa com esse filme) para ajudá-lo. É claro que no início ambos resistem ao "tratamento", mas como não podia ser diferente, eventualmente se rendem e uma bela amizade acaba surgindo.


Não é só o roteiro do filme que é fantástico. Apesar de recentemente o diretor Gus van Sant ter deixado de ser garantia de qualidade, essa é uma produção de quando ele estava no auge da carreira (acho que a coisa começou a degringolar pra ele em seu filme seguinte, um desnecessário remake de "Psicose"). Além disso, tanto a edição quanto a trilha sonora fecham o conjunto de uma das melhores obras cinematográficas dos anos 90.

Hoje a gente fica por aqui, mas semana que vem eu volto com um musical romântico que ganhou muitos corações e ouvidos (inclusive os da Academia) há alguns anos: Apenas Uma Vez.
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