quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Bom Demais Pra Ser Verdade

O mercado de cinema francês tomou, nessa última década, rumos interessantes. Uma Doce Mentira ("De Vrais Mensonges", França, 2010), com a Audrey Tatou, é um exemplo perfeito do que se tem feito na terra da Nouvelle Vague. Com os mesmos contornos de uma comédia romântica americana, o filme possui algumas idéias interessantes, mas acaba caindo na mediocridade.


Amelie Poulain ainda segue em sua cruzada para ajudar pessoas. Dessa vez é a sua mãe que se sente sozinha após o divórcio de seu pai. Então ela acaba enviando à mãe uma carta anônima de um admirador secreto. A história é extremamente não inspirada. E embora possa dar algumas voltas ela é previsível e acaba no mesmo lugar.


A atriz é praticamente uma Julia Roberts francesa. E este título deve-se ao gênero em que as duas mais cativam seu público. Algumas diferenças podem se encontradas nos dois países, no entanto. As comédias românticas francesas possuem um humor mais ácido. E, como você vai notar, são bem mais politicamente incorretas.


Se essas particularidades bem típicas de um (novo) cinema francês, fossem o suficiente para tornar Uma Doce Mentira uma boa mentira, poderíamos até cooptar. Mas como a única coisa sem pernas curtas no filme é a atriz francesa, não há muito incentivo para se assistir.

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