O mercado de
cinema francês tomou, nessa última década, rumos interessantes. Uma Doce
Mentira ("De Vrais Mensonges", França, 2010), com a Audrey Tatou, é um exemplo perfeito do que se tem feito na
terra da Nouvelle Vague. Com os mesmos contornos de uma comédia romântica
americana, o filme possui algumas idéias interessantes, mas acaba caindo na
mediocridade.
Amelie Poulain
ainda segue em sua cruzada para ajudar pessoas. Dessa vez é a sua mãe que se
sente sozinha após o divórcio de seu pai. Então ela acaba enviando à mãe uma carta anônima de um admirador secreto. A história é extremamente não inspirada.
E embora possa dar algumas voltas ela é previsível e acaba no mesmo lugar.
A atriz é
praticamente uma Julia Roberts francesa. E este título deve-se ao gênero em que
as duas mais cativam seu público. Algumas diferenças podem se encontradas nos
dois países, no entanto. As comédias românticas francesas possuem um humor mais
ácido. E, como você vai notar, são bem mais politicamente incorretas.
Se essas
particularidades bem típicas de um (novo) cinema francês, fossem o suficiente
para tornar Uma Doce Mentira uma boa mentira, poderíamos até cooptar. Mas
como a única coisa sem pernas curtas no filme é a atriz francesa, não há muito
incentivo para se assistir.
