quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SLIPKNOT: Energia em Português

Texto escrito por NATÁLIA BITTENCOURT e publicado dentro da sessão “Colunista Convidado”.



O dia era 25 de setembro de 2004, meu aniversário. O presente: ver Slipknot ao vivo no Claro Hall. A coincidência: eles voltavam ao Brasil no dia 25 de setembro. A tristeza: os ingressos se esgotaram antes de eu comprar. Lembrando de como foi o show sete anos atrás, confio que esse ano não será diferente. É um show que vale a pena. Seja pela energia dos fãs e da banda ou pelas as frases tão bem faladas em português pelo vocalista Corey Taylor ou ainda pelas diversas rodas que se formam, uma coisa é certa: esses caras transformam o show numa experiência quase íntima com o público por conta da interatividade tão presente. A única coisa que considerei um pouco estranha foi a presença de homens com blusas amarelas controlando as rodas, que às vezes chegavam a ser impedidas por eles, ajudando a garantir a segurança do público.

Chimera Music Festival - São Paulo, SP - Setembro/2004

A turnê era do álbum Vol. 3: The Subliminary Verses, mas o show foi dos fãs, já que a banda fez questão de tocar todos os hits e músicas que iam de 1999 até 2004, levando o público ao delírio várias vezes. Na musica “Heretic Anthem!”, o percussionista, Chris Fehn, desceu ao público e distribuiu baquetas. Em outro momento, Corey pediu para todos se sentarem, ordem que foi prontamente acatada por todos. Ele pediu, então, que todos pulassem, aumentando ainda mais o entusiasmo de quem estava na pista. O nível de energia não era alto apenas no público, a banda se manteve ativa todo o tempo, tendo direito a momentos em que alguns membros subiram nos equipamentos do palco.


Agora é esperar pra ver se o eles terão feito o combinado: Corey Taylor disse que voltaria ao Brasil falando português corretamente e bem. Não duvido nada que ele consiga, já que mais ou menos da metade do show pra frente ele apresentou todas as musicas em português e chegou a falar frases complexas sem grandes dificuldades. Falando ou não nosso idioma, esse é um show divertido, agressivo (não em relação a violência física) e único. Sem contar que, em 2004, eles distribuíram diversas baquetas, palhetas e até água para o publico. Uma acessibilidade impressionante munida de uma sonoridade pesada cria um equilíbrio em relação a esses mascarados cabeludos.
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