Se a sua namorada já te arrastou para qualquer filme “Crepúsculo” você já deve conhecer o ator principal de Sem Saída ("Abduction", EUA, 2011). Taylor Lautner, coadjuvante da dupla “Bonitinho e Gostosão” das criaturas sobrenaturais, agora protagoniza seu próprio longa. O filme é uma tentativa de lançar o ator como herói de ação. Mas como vocês já devem saber, músculo sem cérebro só te leva até certo ponto. Ou, nesse caso, a lugar nenhum.

Sem Saída começa como qualquer filme adolescente genérico sem graça. Mas logo se desenvolve para uma trama de ação, sem graça. Óbvio, tem uma história de amor entre o mocinho e a mocinha, mas ela é tão melosa que chega a ficar irritante. Por mais que o trailer tenha incitado a curiosidade de muitos, ele não atende as expectativas. A história é plana e previsível. O roteiro é mal resolvido, com diálogos horríveis, e uma desculpa mal alajambrada para mostrar o herói sem camisa.

Se não bastasse a história ser ruim, as atuações também são deploráveis. O filme segue a filosofia que se você tem músculos, não precisa saber atuar. Isso nunca foi um problema pro governador da Califórnia, mas, infelizmente, em “Sem Saída” foi um desastre para todos os lados. Nem Sigourney Weaver conseguiu se salvar.

A verdade é que “Sem Saída” é a armadilha perfeita. Você leva a sua namorada pro cinema, achando que escolheu o filme, mas acaba vendo o filme que ela quer. Aliás, vocês dois vão sair do cinema se perguntando de quem foi a escolha desse filme medíocre. Nenhuma porradaria (Eu posso escrever porradaria? Nem sei.) sem sentido vale aguentar tanto besteirol.
