terça-feira, 4 de janeiro de 2011

FILOSOFILMES: O Poder do "NII"

Monty Python Em Busca Do Cálice Sagrado (Inglaterra, 1975) é singular. De produção pobre, o filme satiriza a história do rei Arthur e os guerreiros da távola redonda com muita inteligência. Ideal para quem procura um estilo diferente de fazer comédia.


O Rei Arthur dos Bretões começa sua jornada seguido de seu escudeiro Patsy em busca de bravos cavaleiros para juntar-se a ele na corte de Camelot. O objetivo é achar o santo graal.


Para quem não sabe, Monty Python é o nome de uma equipe de atores que fazia uma série televisiva na Inglaterra no final dos anos sessenta. Eles ficaram famosos com piadas "non-sense" e seu jeito único de fazer comédia. O sucesso foi tão grande que eles atacaram vários meios de comunicação, incluindo o cinema, onde fizeram três filmes.


Impressiona a capacidade dos atores de interpretarem múltiplos personagens, sendo cada um bastante singular. A interpretação é tosca , aliás, o filme é ridículo em todos os níveis, tudo proposital. Podemos traçar um paralelo com o seriado mexicano "Chaves", apesar do estilo de comédia ser diferente, ambos utilizam baixa produção e abusam de imperfeições técnicas para potencializar as cenas cômicas.


Quem não conhece o grupo pode ter um estranhamento inicial com o estilo de fazer comédia. Por ser sem sentido, com piadas e cenas aleatórias, muitos podem achar sem graça simplesmente por não conseguir atribuir uma lógica aos eventos, mas no final das contas, essa é a graça do filme. A idéia é fazer personagens ridículos em situações ridículas.


Não há muito o que falar sobre Monty Python em busca do cálice sagrado, ele é feito para ser engraçado em cada uma de suas cenas. Não há preocupação com a narrativa, e nem com nenhum outro elemento cinematográfico. A idéia é ser "idiota", mas "idiota" com inteligência.


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