sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A Força da Natureza

Cada vez mais vê-se catástrofes naturais acabando com milhares de vidas e destruindo cidades inteiras. Elas acontecem a ermo, seja por razões biológicas ou sobrenaturais e é quase impossível prevê-las. Agora imagine se elas acontecessem por um motivo pessoal, se a natureza decide te perseguir porque você fez algo errado. Essa é a trama de A Árvore (“The Tree”, França/Austrália, 2010), de Julie Bertucelli.




O filme se passa nos campos australianos, onde a família O’Neil mora em uma casa com uma árvore gigantesca. Após a morte do marido, Dawn (Charlotte Gainsbourg) deve tomar conta dos três filhos sozinha. No entanto, sua filha Simone (Morgana Davies) não acredita que o pai realmente se foi, escutando sua voz vindo da árvore. Coisas estranhas começam a acontecer e o que a princípio era apenas uma fantasia da menina, torna-se um modo de toda a família não ter de lidar com a morte.


Com um roteiro muito original, o longa metragem aborda a perda e como é fácil acreditar em um placebo para não sofrer, mas perde pelo o seu ritmo muito lento. Apesar do ótimo elenco mirim, são os adultos que decepcionam com atuações forçadas, não segurando a atenção do espectador.


O melhor aspecto do filme é mesmo a árvore. Gigantesca e “espiritual”, ela não só se torna um personagem, como também impressiona como trabalho da direção de arte e cenografia. Ela é com certeza o elemento mais essencial do filme, sendo, pois, também o seu título.


Interessante, mas levemente entediante, o filme não é inesquecível, é mais um filme para a lista de milhares de outros que você verá na sua vida. O espectador pode até sair com pensamentos filosóficos e espirituais, mas nada que realmente crie alguma epifania importante.

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