sábado, 29 de janeiro de 2011

Tão desafiador quanto o sorriso da Mona Lisa

Quando o curador do museu do Louvre, Jacques Saunière, teve o corpo perfurado por uma bala, sua preocupação maior não foi morrer, mas no que isto implicaria. Para sua esperança, no entanto, seu assassino fora cruel o bastante a ponto de deixa-lo perecer no museu com o estômago perfurado, garantindo-lhe uma morte lenta. Durante seus últimos 15 minutos de vida, enquanto os ácidos estomacais digeriam seu corpo, ele deveria passar adiante um segredo que mais ninguém conhecia. Centenas de anos de cautela sua e de seus antecessores não poderiam acabar assim... Felizmente, Saunière era um bom conhecedor de códigos, um mestre do duplo sentido. Assim começa O Código Da Vinci , de Dan Brown.


Com uma narrativa bem amarrada, onde cada capítulo motiva o leitor a continuar até o próximo, o livro entrou para a lista dos best-sellers mundiais não por acaso. Por apresentar lado a lado uma história de ficção conspiratória e fatos como obras de arte, rituais secretos e organizações polêmicas, como o Priorado de Sião e o Opus Dei, o livro faz os mais avoados confundirem realidade e ficção.

Suspeito pela morte de Jacques Saunière, o professor de simbologia religiosa de Harvard, Robert Langdon (o mesmo personagem de Anjos e Demônios e O Símbolo Perdido), é levado até a cena do crime para que possa confessar. Longe de encontrar um corpo em condições esperadas, no entanto, Langdon tem acesso ao início de toda a charada preparada por Saunière para contar-lhe sobre o Santo Graal. Com a ajuda da criptologista da Polícia Judiciária Francesa e neta do curador, Sophie Neveu, Langdon precisa desvendar os códigos presentes nas obras de Leonardo Da Vinci. E, no fim de uma corrida contra o tempo, os dois descobrem um segredo capaz de arruinar a Igreja Católica.


Um romance policial definitivamente bem escrito e cativante, embora controverso entre os leitores mais religiosos, O Código Da Vinci garante boa leitura. As piadas inteligentes e bem dosadas e a história polêmica despertam no leitor um espírito History Channel ou Sherlock Holmes, mas com um desfecho nada elementar.


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