quinta-feira, 3 de maio de 2012

Culpa


Aquele que hoje filma em 3D já experimentou de quase tudo. Com um brilhante longa de estreia, ele poderia cair no velho dizer “sorte de principiante”. Mas quase 30 filmes – e também documentários e trabalhos para televisão – depois, Martin Scorsese continua nos brindando com sua primorosa visão de diretor e produtor.

J.R. é um típico ítalo americano de Nova Iorque. Suas próprias crenças são questionas quando ele descobre o segredo de sua namorada. Mesmo tendo a escolhido para casar e viver uma típica vida de família americana, o jovem não consegue encontrar um equilíbrio entre sua fé e seu amor.

Quem Bate À Minha Porta (“Who’s That Knocking At My Door”, 1967, EUA) já se chamou I Call First e é um filme gravado durante anos e machucado por várias mudanças no roteiro. Em 1965, ele era preparado como um curta e falava apenas da vida mundana e sem grandes viradas do personagem principal e seus amigos. A ideia do romance surgiu bem depois, em 1967, quando as duas histórias se juntaram. A estreia mundial do filme aconteceu no Festival de Cinema Internacional de Chicago. Um ano depois, um distribuidor ofereceu comprar o longa com a condição que ele ganhasse cenas de sexo para melhorar sua publicidade. Scorsese então filmou o exigido e só então a película ganhou o nome que tem hoje.

A obra pode não ser a melhor desse mestre do cinema, mas é, com certeza, o exemplo de potencial. Um filme sobre aquela culpa que não nos permite seguir em frente, mas ao mesmo tempo nos tira do lugar comum. Imperdível. O primeiro longa de uma lenda viva.
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