terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

FILOSOFILMES:"Corra Forrest! Corra!"

Quando estamos na fila de um banco, sentados no ônibus, no avião, entre outros, volta e meia aparece alguém para contar histórias (geralmente uma simpática idosa). Forrest Gump - O contador de histórias (EUA 1994) mostra a vida do protagonista a partir de conversas frugais num banco de praça. Chato? Nem um pouco! Ganhador do oscar de melhor filme em 1994.



Baseado no romance homônimo, o filme mostra a história dos Estados Unidos contada por Forrest Gump (Tom Hanks), um jovem com QI abaixo da média graças a síndrome de savant, mas que por obra do destino participou de  momentos históricos do país na busca do grande amor da sua vida, Jenny (Robin Wright).



Percebemos de cara que o longa metragem foi feito intencionalmente para o sucesso. Ele é hollywoodiano em fórmula pura: linear, previsível (não totalmente), com reviravoltas, doses de comédia, drama. Também não busca inovar em nenhum segmento, excetuando a personalidade do protagonista.



O trunfo do longa é sua trama brilhantemente dirigida, o diretor Robert Zemeckis consegue fazer com que o público reaja exatamente como ele quer em praticamente todas as cenas. Outra chave para o sucesso é a busca da perfeição em todos os segmentos, portanto as músicas, fotografia, interpretação, enfim, tudo é muito bem feito.



Quem leu o romance sabe que o filme cobre apenas os onze primeiros capítulos e depois pula para o final. A personalidade do Forrest também muda drasticamente, pois no livro a síndrome não é tão evidente, além de mostrar ele como um astronauta, jogador de xadrez e um pro wrestling. Segundo palavras do diretor: "Nós invertemos dois elementos substanciais do livro. Colocamos a história de amor em primeiro lugar, e as aventuras fantásticas do Forrest em segundo. O romance também  é mais cínico e frio que o filme. No longa, Gump é um personagem completamente decente, não tem opinião sobre nada, excetuando Jenny, sua mãe, e Deus."




Forrest Gump - O contador de histórias é mais uma prova de que a fórmula hollywoodiana dá certo e agrada a grande parte do público. Para muitos permanecerá como "o melhor que já vi". Você ri, se emocina, se revolta, e sente pena do Forrest ao longo da trama. Obrigatório para quem gosta de bons filmes. Muitos podem achar "hollywoodiano" demais, mas...qual é o problema?


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